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Erdogan muda de opinião e confirma reunião com vice-presidente dos EUA

Representantes turcos e americanos vão se reunir em meio a ofensiva da Turquia contra curdos na Síria e aplicação de sanções dos EUA

Turquia: ofensiva turca começou depois que os EUA anunciaram a retirada das tropas (Getty Images/Exame)

Turquia: ofensiva turca começou depois que os EUA anunciaram a retirada das tropas (Getty Images/Exame)

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EFE

Publicado em 16 de outubro de 2019 às 12h05.

Ancara — O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, confirmou nesta quarta-feira que amanhã se reunirá com o vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, e o secretário de Estado, Mike Pompeo, apesar de ter negado horas antes que falaria com eles.

"Está fora de discussão que eu vou me encontrar com outras pessoas além de Pence e Pompeo", disse Erdogan, em declarações a jornalistas divulgadas em um tuíte do chefe do Diretório de Imprensa turco, Fahrettin Altun.

Horas antes, Erdogan afirmou que não falaria com Pence e Pompeo, dando a entender que apenas se reuniria com o presidente americano Donald Trump.

Hoje desembarcou em Ancara parte da delegação americana que também é integrada pelo assessor de Segurança Nacional, Robert O'Brien, e o enviado especial para a Síria, James Jeffrey.

"Eu não falarei com eles (membros da delegação de Washington que são esperados hoje em Ancara). Eles falarão com seus colegas. Eu falarei quando vier o Trump", havia dito Erdogan anteriormente, após deixar uma reunião parlamentar na capital turca.

No entanto, a agência oficial turca "Anadolu" já havia antecipado que o presidente se reuniria amanhã com Pence e Pompeo, agenda agora confirmada por Altun.

Um dia antes do início da ofensiva turca contra o nordeste da Síria, Trump anunciou que no próximo dia 13 de novembro receberá Erdogan na Casa Branca.

Antes dessa confusão de notícias, o presidente turco se mostrou contrário em negociar com as milícias curdas um cessar-fogo no nordeste da Síria, como foi proposto por Trump.

"Estamos pedindo um cessar-fogo", disse ontem o chefe da Casa Branca, anunciando o envio de uma delegação para mediar a busca de uma solução para o conflito entre a Turquia e as Unidades de Proteção do Povo (YPG) das milícias curdo-sírias.

Esta visita americana de alto nível ocorre no meio de uma situação muito confusa, logo após do anúncio feito por Trump da retirada dos militares da Turquia, interpretado como um sinal verde ao ataque turco. No entanto, o presidente americano impôs sanções econômicas a Ancara tentando forçar um cessar-fogo.

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