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Epidemia de ebola pode continuar até final do ano, diz OMS

Tanto Guiné como Serra Leoa seguem apresentando casos cuja origem é desconhecida, que não provêm de uma lista de contatos registrada


	Funcionários de centro médico para tratamento de Ebola em Freetown
 (FRANCISCO LEONG/AFP)

Funcionários de centro médico para tratamento de Ebola em Freetown (FRANCISCO LEONG/AFP)

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Da Redação

Publicado em 26 de maio de 2015 às 11h34.

Genebra - A epidemia de ebola na África Ocidental pode continuar por pelo menos durante todo este ano se as condições não melhorarem de forma considerável, advertiu nesta terça-feira o principal responsável da Organização Mundial da Saúde (OMS) na luta contra o vírus, Bruce Aylward.

"Ainda vai levar um tempo para concluir o trabalho", afirmou Aylward em entrevista coletiva, ao lembrar quanto custou à Libéria acabar com a transmissão da doença antes de ser declarado país livre de ebola em 9 de maio.

"Em janeiro, a Libéria tinha números similares aos apresentados atualmente pela Guiné e Serra Leoa, e levou quatro meses chegar a zero. Portanto, no melhor dos casos, seria possível acabar com a epidemia em setembro, mas não estamos no melhor dos casos", esclareceu o diretor-geral adjunto da OMS.

Aylward lembrou que a Libéria conseguiu controlar a transmissão na temporada seca, não na época de chuvas, como agora, na qual a logística complica de forma considerável.

Além disso, o especialista lembrou que tanto Guiné como Serra Leoa seguem apresentando casos cuja origem é desconhecida, ou seja não provêm de uma lista de contatos registrada, o que faz temer pelo ressurgirmento de novas infecções.

Além disso, a Guiné está a ponto de realizar eleições, o que fará perder a concentração da luta contra o vírus.

"Tudo isso nos faz pensar que é preciso planejar que vamos seguir lutando contra a epidemia pelo menos durante todo o ano", sentenciou Aylward.

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