A empresa monta aproximadamente 50 bicicletas por mês, em três formatos (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 14 de dezembro de 2011 às 17h29.
São Paulo - As bikes elétricas podem ser a solução para o trânsito de São Paulo. Esta é a visão de um trio de jovens empresários paulistanos, que investiram na alternativa em busca da popularização do transporte alternativo na maior cidade do Brasil.
Alexandre Lima, Renato Rovito e Rogério Rovito são engenheiros mecânicos que, desde os tempos de faculdade, imaginavam uma saída para o trânsito caótico de São Paulo.
A bicicleta sempre foi uma das opções, mas ainda existiam algumas barreiras para que ela fosse usada por mais pessoas. “Percebi que muita gente desiste de trocar o carro pela bicicleta porque não quer chegar suado ao trabalho. A bicicleta elétrica elimina o problema”, explicou Lima, em declaração ao Pequenas Empresas Grandes Negócios (PEGN).
O trio buscou possibilidades e em janeiro deste ano inaugurou a EvoluBike, que comercializa três modelos de bicicletas elétricas no Brasil. A estética das bikes é bastante parecida com os modelos tradicionais e elas funcionam tanto a partir das pedaladas, como através da eletricidade.
A empresa monta aproximadamente 50 bicicletas por mês, em três formatos: Nano, que é dobrável e cabe dentro de uma bolsa, Classic, que segue padrões tradicionais e tem uma pequena cesta na frente, e Sport, um modelo parecido com as mountain bikes.
Os empresários investiram R$ 700 mil até que conseguissem lançar a EvoluBike e esperam que em cinco anos já tenham conseguido comercializar 30 mil bicicletas elétricas. “É a solução do futuro, em harmonia com a natureza. Cidades como Copenhague, na Dinamarca, estão sendo reurbanizadas com foco nas ciclovias”, lembra Lima.
Em terreno plano as bicicletas elétricas chegam a alcançar 25 km/h. Elas podem ser recarregadas em qualquer tomada e a autonomia chega a 40 quilômetros.
Imitando a Dinamarca
A Dinamarca não tem servido de modelo somente para os paulistanos que acreditam nas bikes. A União Europeia fez um comparativo entre os meios de transporte, para incentivar os 27 países que formam o bloco a investirem em estrutura para que a população utilize mais as bicicletas.
Segundo a pesquisa, se toda UE tivesse a mesma estrutura da Dinamarca, seria possível reduzir de 63 a 142 milhões as emissões de gases de efeito estufa, até 2050.
As bicicletas são totalmente limpas, os modelos elétricos têm impacto muito pequeno, de apenas 22g de CO2 emitido por quilômetro, graças à forma de obter eletricidade. Já os carros, chegam a impactar 271g de CO2/km. Além disso, o estudo analisou o impacto do ciclo de vida dos carros e 77% ocorre graças à queima de combustíveis fósseis.