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Em meio a crise, Kan completa 1 ano à frente do Governo japonês

Premiê está com sua imagem política debilitada, com pedidos da oposição para sua renúncia depois dos terremotos de março

A gestão de Naoto Kan durante os desastres naturais e a crise nuclear de Fukushima foi considerada ineficiente no Japão (Toru Hanai/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 8 de junho de 2011 às 06h38.

Tóquio - O primeiro-ministro do Japão, Naoto Kan, completa nesta quarta-feira um ano de mandato marcado pela catástrofe de 11 de março e a crise nuclear, a pior do último quarto de século e que seu Governo ainda luta para controlar.

Kan chega à marca debilitado pelos baixos índices de popularidade de seu Gabinete e enfrenta vozes que pedem sua renúncia - procedentes até mesmo de seu partido - pela gestão considerada ineficaz da situação posterior ao desastre.

À pressão política se somam os problemas na central atômica de Fukushima Daiichi, epicentro de um acidente nuclear para o qual, segundo admitiu o próprio Executivo, o país não estava plenamente preparado.

Em um relatório que o Japão apresentará à Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e cujo conteúdo foi revelado na noite desta terça-feira, o Governo admite que houve pouca comunicação no início da crise com a empresa operadora da usina, a Tokyo Electric Power Company (Tepco).

No mesmo documento, o Governo japonês anuncia que, para obter uma maior independência, a Agência de Segurança Nuclear se destacará do Ministério de Indústria, que tradicionalmente promove a energia nuclear.

O relatório será apresentado na reunião ministerial que a AIEA realizará em Viena entre 20 e 24 de junho, data na qual Kan, que assumiu o cargo em 8 de junho de 2010 após a renúncia de Yukio Hatoyama, pode já não ser primeiro-ministro, se prosperarem os pedidos da oposição.

Na semana passada, o chefe do Governo superou uma moção de censura após conseguir, nos últimos momentos, o apoio necessário dentro de sua própria formação, o Partido Democrata (PD), em troca da promessa de deixar seu cargo uma vez encaminhada a solução para a crise.

Kan não deu uma data concreta para deixar o poder, mas seus opositores insistem que o líder do Governo deve renunciar assim que for aprovada uma lei decisiva para tramitar a reconstrução, algo que deverá acontecer em 17 de junho.

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Tóquio - O primeiro-ministro do Japão, Naoto Kan, completa nesta quarta-feira um ano de mandato marcado pela catástrofe de 11 de março e a crise nuclear, a pior do último quarto de século e que seu Governo ainda luta para controlar.

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À pressão política se somam os problemas na central atômica de Fukushima Daiichi, epicentro de um acidente nuclear para o qual, segundo admitiu o próprio Executivo, o país não estava plenamente preparado.

Em um relatório que o Japão apresentará à Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e cujo conteúdo foi revelado na noite desta terça-feira, o Governo admite que houve pouca comunicação no início da crise com a empresa operadora da usina, a Tokyo Electric Power Company (Tepco).

No mesmo documento, o Governo japonês anuncia que, para obter uma maior independência, a Agência de Segurança Nuclear se destacará do Ministério de Indústria, que tradicionalmente promove a energia nuclear.

O relatório será apresentado na reunião ministerial que a AIEA realizará em Viena entre 20 e 24 de junho, data na qual Kan, que assumiu o cargo em 8 de junho de 2010 após a renúncia de Yukio Hatoyama, pode já não ser primeiro-ministro, se prosperarem os pedidos da oposição.

Na semana passada, o chefe do Governo superou uma moção de censura após conseguir, nos últimos momentos, o apoio necessário dentro de sua própria formação, o Partido Democrata (PD), em troca da promessa de deixar seu cargo uma vez encaminhada a solução para a crise.

Kan não deu uma data concreta para deixar o poder, mas seus opositores insistem que o líder do Governo deve renunciar assim que for aprovada uma lei decisiva para tramitar a reconstrução, algo que deverá acontecer em 17 de junho.

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