Guerra em Israel: ataques do Hamas começaram neste sábado no sul do país (Ibraheem Abu Mustafa/Reuters)
Agência de notícias
Publicado em 7 de outubro de 2023 às 16h06.
Israel e os movimentos palestinos Hamas e Jihad Islâmica tinham se enfrentado até recentemente em cinco guerras na Faixa de Gaza desde 2008.
Mas uma nova "guerra" teve início neste sábado, 7, afirmou o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, depois que o Hamas, que governa este enclave palestino, lançou uma ofensiva surpresa contra o Estado hebreu.
Estes foram os cinco conflitos anteriores:
Em 27 de dezembro de 2008, Israel lançou uma ofensiva aérea contra a Faixa de Gaza para pôr fim aos disparos de foguetes a partir deste território palestino, governado desde 2007 pelo movimento islamita Hamas, na chamada operação "Chumbo Fundido".
Em 3 de janeiro de 2009, tropas israelenses entram no território palestino.
Em 18 de janeiro, um cessar-fogo põe fim à operação, na qual morreram cerca de 1.400 palestinos e 13 israelenses.
A Anistia Internacional acusou tanto Israel quanto o Hamas de cometerem "crimes de guerra".
Em 14 de novembro de 2012, o exército israelense lança a operação "Pilar defensivo" contra os grupos armados em Gaza, que começa com o assassinato do chefe das operações militares do Hamas, Ahmad Jaabari.
Em oito dias de bombardeios, mais de 170 palestinos perdem a vida, uma centena deles civis, assim como seis israelenses, dos quais quatro civis.
O exército israelense assegura ter atacado 1.500 posições, incluindo 19 centros de comando. Mais de 900 foguetes disparados a partir de Gaza caíram em Israel e 400 foram interceptados.
Em 8 de julho de 2014, Israel lança a operação "Margem Protetora" para frear os disparos de foguetes e destruir os túneis escavados a partir de Gaza.
Em 26 de agosto, após 50 dias de guerra, Hamas e Israel chegam a um acordo de cessar-fogo, negociado através do Egito.
A guerra deixa ao menos 2.251 palestinos mortos, a maioria civis, e 74 do lado israelense, quase todos militares.
Cerca de 55.000 casas foram atingidas pelos bombardeios israelenses e aproximadamente 17.200 foram destruídas, segundo o Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA).
Em 2021, o Hamas lança, em 10 de maio, uma saraivada de foguetes, em "solidariedade" às centenas de palestinos feridos em confrontos com a polícia israelense na Esplanada das Mesquitas de Jerusalém, o terceiro lugar santo do islã.
Israel responde com a operação "Guardião dos Muros", para reduzir as capacidades militares do Hamas.
Após intensas negociações diplomáticas, um cessar-fogo entra em vigor em 21 de maio.
Em onze dias, Hamas e Jihad Islâmica, dois movimentos palestinos qualificados de "terroristas" por Israel, União Europeia e Estados Unidos, lançam mais de 4.300 foguetes, uma ofensiva sem precedentes contra o território israelense. Noventa por cento dos projéteis são interceptados.
Nos confrontos, ao menos 232 palestinos morrem, 65 deles menores de idade, além de 12 pessoas em Israel, entre elas duas crianças.
Dias depois de confrontos com a Jihad Islâmica, Israel bombardeia a Faixa de Gaza, em 9 de maio de 2023, na chamada operação "Escudo e flecha". Quinze palestinos morrem nos ataques, três deles chefes militares do movimento.
A Jihad Islâmica responde disparando centenas de foguetes, que não deixam nenhum ferido em Israel.
Em 11 e 12 de maio, Israel mata dois chefes militares do movimento palestino.
Uma trégua negociada pelo Egito entra em vigor em 13 de maio, após cinco dias de uma guerra que deixou 35 mortos.