Mundo

Eleições Venezuela: após Maduro falar em "banho de sangue", González Urrutia agradece Lula por apoio

Candidato da oposição aparece à frente nas pesquisas de intenção de votos; Atual presidente tenta terceiro mandato

EFE
EFE

Agência de Notícias

Publicado em 23 de julho de 2024 às 07h13.

Tudo sobreVenezuela
Saiba mais

O candidato presidencial da oposição majoritária da Venezuela, Edmundo González Urrutia, agradeceu na segunda-feira, 22, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva por seu apoio a um "processo eleitoral pacífico", em referência às eleições que serão realizadas neste domingo, 28, no país sul-americano.

Há comida nos mercados, mas ninguém tem dinheiro para comprar, diz candidata barrada na Venezuela

"Agradecemos pelas palavras do presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, em apoio a um processo eleitoral pacífico e amplamente respeitado na Venezuela", disse o ex-embaixador e representante da Plataforma Unitária Democrática (PUD), a maior coalizão antichavista, na rede social X.

O candidato avaliou também expressou "gratidão" pelo apoio de Lula a um "processo eleitoral pacífico e amplamente respeitado na Venezuela".

González Urrutia disse estar "satisfeito" com a decisão do Brasil de enviar seu ex-ministro das Relações Exteriores e atual assessor para assuntos internacionais, Celso Amorim, "para observar o processo no próximo domingo".

Eleições Venezuela: cinco pontos importantes para entender o contexto econômico e político do país

"O mundo está observando e nos acompanhando", acrescentou o candidato, que lidera as pesquisas - de acordo com a maioria dos levantamentos - e que enfrentará nove concorrentes, entre eles o presidente Nicolás Maduro, que busca uma segunda reeleição.

Eleições na Venezuela acontecem este domingo

Em entrevista a correspondentes estrangeiros, Lula revelou que conversou duas vezes com Maduro para adverti-lo de que "se ele quiser contribuir para resolver o problema do crescimento da Venezuela e do retorno daqueles que saíram, ele tem que respeitar o processo democrático".

De acordo com o presidente brasileiro, as eleições de domingo serão "a única oportunidade" para a Venezuela "voltar à normalidade" e para o país se reintegrar à comunidade regional e internacional.

O petista também confessou que ficou assustado quando Maduro, no meio de um evento de campanha, falou da possibilidade de um banho de sangue na Venezuela se a PUD vencer as eleições, apesar de a oposição nunca ter falado em violência ou mostrado um discurso hostil, ao contrário do presidente.

A possibilidade levantada por Maduro gerou inúmeras críticas, pois foi considerada por muitos uma estratégia política para assustar os eleitores e fazê-los não votar em González Urrutia.

Acompanhe tudo sobre:VenezuelaLuiz Inácio Lula da SilvaNicolás MaduroMaria Corina MachadoEleiçõesDemocracia

Mais de Mundo

Ministro da Defesa de Israel diz que acordo com Hamas está “mais próximo do que nunca”

Governo da Alemanha enfrenta voto de confiança que deverá antecipar eleições no país

Marine Le Pen avalia que o “método” de Bayrou parece “mais positivo” que o de Barnier

Bashar al-Assad nega ter fugido de forma 'premeditada' da Síria