EI permite que membros de tribo rival síria voltem para casa
Nos últimos meses houve negociações entre representantes da tribo e os extremistas para possibilitar a volta dos Al Shaitat a suas casas
Da Redação
Publicado em 25 de novembro de 2014 às 14h34.
Beirute - Após chegar a um acordo na província de Deir ez Zor, no nordeste da Síria , o grupo jihadista Estado Islâmico ( EI ) permitiu que milhares de integrantes da tribo sunita Al Shaitat, rival dos extremistas, voltassem para casa, informaram ativistas nesta terça-feira.
O opositor Mohammed al Jalif disse à Agência Efe que milhares de moradores de Granich, no leste de Deir ez Zor, voltaram para suas casas nesta manhã com a autorização do EI.
A tribo Al Shaitat vive em Granich, assim como em outros povoados da região, como Abu Hamam e Keshkie, onde o EI ainda não permitiu o retorno dos moradores.
Segundo Al Jalif, nos últimos meses houve negociações entre representantes da tribo e os extremistas para possibilitar a volta dos Al Shaitat a suas casas. Os integrantes da tribo foram expulsos pelo EI há pouco mais de três meses.
O acordo firmado estabelece que os deslocados poderão retornar a Granich em diferentes turnos, com preferência para os que fugiram para lugares fora da cidade e aos que conseguirem provar que não lutaram contra o EI.
Os que combateram os jihadistas e estiverem fora da cidade poderão voltar se provarem que estão 'arrependidos' e serão realocados no lugar que o EI decidir. Cada 'arrependido' deverá entregar uma fotografia pessoal aos extremistas.
Outro termo do acordo é que os maiores de 16 anos sejam obrigados a comparecer a aulas diárias de 'sharia', ou lei islâmica, nas mesquitas.
O Observatório Sírio de Direitos Humanos confirmou o retorno dos Al Shaitat a Granich e acrescentou que outros pontos do acordo são a imposição de um toque de recolher das 20h às 5h (hora local, 16h à 1h em Brasília) e a proibição de reuniões ou assembleias.
A ONG lembrou que nas duas primeiras semanas de agosto o EI executou mais de 700 membros da Al Shaitat, a maioria civis, em Granich, Abu Hamam e Al Keshkie, depois que seu controle ficou sob domínio dos radicais. Centenas de pessoas ainda têm o paradeiro desconhecido.
Essa foi uma das poucas tribos árabes sunitas que se opôs aos avanços do EI na província de Deir ez Zor em julho, um mês depois que o grupo proclamou um califado no Iraque e na Síria.
Atualmente, os jihadistas dominam quase toda a província, exceto alguns bairros da capital homônima e o aeroporto, que está sob controle do regime sírio.
Beirute - Após chegar a um acordo na província de Deir ez Zor, no nordeste da Síria , o grupo jihadista Estado Islâmico ( EI ) permitiu que milhares de integrantes da tribo sunita Al Shaitat, rival dos extremistas, voltassem para casa, informaram ativistas nesta terça-feira.
O opositor Mohammed al Jalif disse à Agência Efe que milhares de moradores de Granich, no leste de Deir ez Zor, voltaram para suas casas nesta manhã com a autorização do EI.
A tribo Al Shaitat vive em Granich, assim como em outros povoados da região, como Abu Hamam e Keshkie, onde o EI ainda não permitiu o retorno dos moradores.
Segundo Al Jalif, nos últimos meses houve negociações entre representantes da tribo e os extremistas para possibilitar a volta dos Al Shaitat a suas casas. Os integrantes da tribo foram expulsos pelo EI há pouco mais de três meses.
O acordo firmado estabelece que os deslocados poderão retornar a Granich em diferentes turnos, com preferência para os que fugiram para lugares fora da cidade e aos que conseguirem provar que não lutaram contra o EI.
Os que combateram os jihadistas e estiverem fora da cidade poderão voltar se provarem que estão 'arrependidos' e serão realocados no lugar que o EI decidir. Cada 'arrependido' deverá entregar uma fotografia pessoal aos extremistas.
Outro termo do acordo é que os maiores de 16 anos sejam obrigados a comparecer a aulas diárias de 'sharia', ou lei islâmica, nas mesquitas.
O Observatório Sírio de Direitos Humanos confirmou o retorno dos Al Shaitat a Granich e acrescentou que outros pontos do acordo são a imposição de um toque de recolher das 20h às 5h (hora local, 16h à 1h em Brasília) e a proibição de reuniões ou assembleias.
A ONG lembrou que nas duas primeiras semanas de agosto o EI executou mais de 700 membros da Al Shaitat, a maioria civis, em Granich, Abu Hamam e Al Keshkie, depois que seu controle ficou sob domínio dos radicais. Centenas de pessoas ainda têm o paradeiro desconhecido.
Essa foi uma das poucas tribos árabes sunitas que se opôs aos avanços do EI na província de Deir ez Zor em julho, um mês depois que o grupo proclamou um califado no Iraque e na Síria.
Atualmente, os jihadistas dominam quase toda a província, exceto alguns bairros da capital homônima e o aeroporto, que está sob controle do regime sírio.