Mundo

EI está se reorganizando no norte da Síria, segundo conselho militar local

Segundo porta-voz do Coselho MIliter sírio, o EI aproveitou o começo da retirada das tropas americanas da Síria para atentar contra Manbij

Soldados americanos, que estão se retirando da Síria (U.S. Army/Reuters)

Soldados americanos, que estão se retirando da Síria (U.S. Army/Reuters)

E

EFE

Publicado em 18 de janeiro de 2019 às 13h54.

Beirute - O grupo jihadista Estado Islâmico (EI) "não foi completamente derrotado" e seus combatentes "estão se reorganizando no norte da Síria", segundo alertou nesta sexta-feira o porta-voz do Conselho Militar de Manbij (cidade a mais de 450 km da capital, Damasco), Shervan Darwish, depois que os radicais atacaram esta cidade na quarta-feira.

Darwish destacou que o com um terrorista suicida que detonou seu colete de explosivos em um restaurante no centro da cidade.

O porta-voz acrescentou que os radicais atuaram também no meio da "situação de caos na região", da qual estão se retirando as forças dos Estados Unidos e onde começaram a chegar as tropas do exército sírio e da polícia militar russa.

Manbij, situada na província de Aleppo, tinha permanecido até agora sob controle do Conselho Militar de Manbij, vinculado às Forças da Síria Democráticas (FSD, aliança de milícias majoritariamente curdas), desde que estas forças expulsaram os extremistas do EI da cidade em 2016.

Darwish destacou que, desde a sua libertação, Manbij foi "uma cidade florescente em nível econômico e comercial".

"No entanto, em alguns períodos tememos a ofensiva turca", acrescentou, em referência às últimas ameaças de Ancara de lançar uma operação militar contra as milícias curdas no norte da Síria, consideradas terroristas pela sua vinculação com o proscrito Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK).

Por sua parte, as FSD expressaram em comunicado em seu site as suas "sinceras condolências ao povo americano, ao nosso povo e às famílias dos mártires" que morreram no ataque de quarta-feira, no qual morreram quatro soldados da coalizão internacional liderada pelos EUA, cinco combatentes locais e dez civis.

Além disso, declararam que o grupo radical "está recebendo fortes golpes" e "está a ponto de perder todo o território" que controla na Síria e "tentando divulgar o caos e o medo" nas áreas que foram liberadas pelas FSD com a ajuda da coalizão internacional.

O ataque em Manbij foi o primeiro após o começo da retirada das tropas americanas da Síria, anunciada pelo presidente Donald Trump no último dia 19 de dezembro e que começou há exatamente uma semana. EFE

Acompanhe tudo sobre:Ataques terroristasEstado IslâmicoGuerra na Síria

Mais de Mundo

Argentina conclui obra-chave para levar gás ao centro-norte do país e ao Brasil

MP da Argentina pede convocação de Fernández para depor em caso de violência de gênero

Exército anuncia novas ordens de alistamento para judeus ultraortodoxos em Israel

Eleição nos EUA: país reforça segurança de trabalhadores e das urnas