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Egípcios voltam às ruas para protestar contra presidente

Os manifestantes são contra o anúncio de que Mouhamed Mursi terá plenos poderes para governar o país

No ano passado, os manifestantes egípcios lideraram uma onda de protestos, que contaminou vários países muçulmanos (Ahmed Mahmoud/AFP)

No ano passado, os manifestantes egípcios lideraram uma onda de protestos, que contaminou vários países muçulmanos (Ahmed Mahmoud/AFP)

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Da Redação

Publicado em 23 de novembro de 2012 às 09h15.

Brasília – Após o anúncio que terá plenos poderes para governar o Egito, o presidente Mouhamed Mursi é alvo hoje (23) de um protesto, no Cairo, capital do país, na Praça Tahrir, que virou o símbolo da resistência para os egípcios. Os manifestantes foram convocados por grupos de oposição que contestam a decisão de Mursi de assumir o que chamou de “poder total”, transformando suas ordens em medidas definitivas, sem contestações.

A iniciativa de Mursi foi comunicada à população em nota oficial, informando que o presidente também terá algumas atribuições do Legislativo e do Judiciário. Os parlamentares que pertencem à Assembleia Constituinte são alvo de críticas por suspeitas de irregularidades. Há três dias, as principais cidades egípcias estão sob um clima de tensão.

Eleito há cinco meses, Mursi foi elogiado por autoridades internacionais ao conseguir negociar um cessar-fogo entre o Hamas, movimento de resistência islâmica, e Israel. Mas paralelamente às articulações em favor do fim da crise na região da Faixa de Gaza, ele anunciou a ampliação de seus poderes como presidente da República.

O protesto tem entre seus líderes Mohamed ElBaradei, vencedor do Prêmio Nobel da Paz, Ayman Nour, George Ichak, Hamdin Sabbahy e Amr Moussa, que acusaram o presidente da República de tentar dar um golpe contra a legitimidade.

No ano passado, os manifestantes egípcios lideraram uma onda de protestos, que contaminou vários países muçulmanos. Na ocasião, os manifestantes defendiam a renúncia do então presidente Hosni Mubarak, mudanças na cúpula política e o fim das violações de direitos humanos. Mubarak renunciou, é mantido preso e responde a processos na Justiça.

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