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Documentos confirmam que a China comete abusos em Xinjiang, diz Pompeo

Secretário de Estado americano afirmou que abusos "muito significativos" são cometidos contra uigures muçulmanos e outras minorias detidas em massa

EUA: ao menos 1 milhão de uigures e membros de outros grupos minoritários estão detidos, alerta a ONU (Aaron P. Bernstein/Reuters)

EUA: ao menos 1 milhão de uigures e membros de outros grupos minoritários estão detidos, alerta a ONU (Aaron P. Bernstein/Reuters)

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Reuters

Publicado em 26 de novembro de 2019 às 16h25.

Washington — Documentos recém-vazados confirmam que a China está cometendo abusos de direitos humanos "muito significativos" contra uigures muçulmanos e outras minorias detidas em massa, disse o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, nesta terça-feira.

No domingo, um grupo internacional de jornalistas divulgou documentos confidenciais do governo chinês que descrevem a repressão levada a cabo em campos de detenção de Xinjang, região conturbada do oeste da China.

"Estes relatos são condizentes com uma série de indícios impressionantes e crescentes de que o Partido Comunista chinês está cometendo violações e abusos de direitos humanos contra indivíduos detidos em massa", disse Pompeo em uma coletiva de imprensa, pedindo que Pequim liberte todos os que foram detidos arbitrariamente.

Ele disse que as informações dos documentos confirmaram que abusos de direitos humanos "muito significativos" estão ocorrendo.

"Isso mostra que não é aleatório, que é intencional e que continua".

A publicação dos documentos por parte do Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ) veio na sequência de uma reportagem de 16 de novembro do jornal New York Times baseada em uma coleção de documentos secretos com detalhes da repressão chinesa aos uigures étnicos e outros muçulmanos da região.

Especialistas da Organização das Nações Unidas (ONU) e ativistas dizem que ao menos um milhão de uigures étnicos e membros de outros grupos minoritários em grande parte muçulmanos estão detidos em campos em Xinjiang.

O ICIJ disse ter obtido uma lista de diretrizes de 2017 "que na prática serve como um manual para operar os campos".

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