Divórcios na Itália aumentam 57% após aprovação de novas leis
Antes era necessário estar separado formalmente há ao menos três anos para iniciar um trâmite de divórcio na Itália, país com forte influência católica
AFP
Publicado em 14 de novembro de 2016 às 15h56.
Última atualização em 14 de novembro de 2016 às 15h56.
O número de divórcios na Itália aumentou 57% em 2015 após a entrada em vigor de duas leis que simplificaram os trâmites, anunciou na segunda-feira um relatório do Instituto Nacional de Estatísticas (Istat).
"Registramos em 2015 um aumento significativo de divórcios, que chegaram a 82.469 casos, um aumento de 57% em relação a 2014", indicou o relatório anual do Istat sobre casamentos, separações e divórcios no país.
Essa alta se deve principalmente ao efeito combinado de duas leis, uma adotada no final de 2014 para simplificar os trâmites de separação e divórcio e outra, aprovada em maio de 2015, para reduzir o prazo legal entre a separação e o divórcio.
Antes era necessário estar separado formalmente há ao menos três anos para iniciar um trâmite de divórcio na Itália, país com forte influência católica.
Desde a aprovação da nova lei, o prazo é de um ano e, em caso de consenso entre os cônjuges, de apenas seis meses.
Essa lei "fez que em 2015 fossem concretizados grande parte dos divórcios" que "segundo a lei anterior não teriam sido possíveis antes de 2016", explicou o Istat.
O ano passado registrou também um leve aumento no número de casamentos, após dez anos consecutivos em queda.
Em 2015, houve 194.377 casamentos, 4.600 a mais do que em 2014, o que representa um aumento de 2,36%.