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Dilma critica aprovação de emendas no Código Florestal

Presidente negou que estaria colaborando com os desmatadores de terras e criticou o projeto aprovado de Aldo Rebelo

"Se eu julgar que qualquer coisa prejudique o país, eu vetarei", disse Dilma, sobre o novo Código Florestal (Agência Brasil)
DR

Da Redação

Publicado em 26 de maio de 2011 às 13h50.

Brasília - A presidente Dilma Rousseff criticou hoje a aprovação, pela Câmara, de emendas ao projeto que trata do novo Código Florestal. "Não concordo que o Brasil seja um país que não tenha condição de combinar ser uma grande potência agrícola com uma grande potência ambiental", disse, em cerimônia de assinatura de termo de compromisso para a construção de quadras esportivas em escolas.

Dilma rebateu as críticas de que ela esteja colaborando com os desmatadores. "Não sou a favor da consolidação do desmatamento ou da anistia ao desmatamento". E explicou: "O Brasil teve uma prática que não pode se deixar repetir. Muitas vezes se anistiava dívidas e anistiava novamente e se anistiava novamente. O desmatamento não pode ser anistiado não por vingança. Mas porque as pessoas precisam perceber que o meio ambiente é algo muito valioso e que é possível preservá-lo e produzir alimentos".

A presidente reafirmou ser contra as emendas ao Código. "Não sou a favor das emendas. Fui contra a aprovação da emenda. Mas, obviamente, respeitando a posição de todos que divergem de mim, continuarei firme defendendo a mudança dessa emenda no Senado", disse.

A presidente avisou que tem o poder do veto, mesmo sabendo que ele pode ser derrubado. "Primeiro tentarei construir (no Senado) uma solução que não leve à situação de impasse que ocorreu na Câmara. Agora, quero dizer a vocês que eu tenho compromisso com o Brasil. Eu não abrirei mão de compromisso com o Brasil. Nós temos obrigações diferentes e prerrogativas diferentes. Somos poderes e temos de nos respeitar, Judiciário, Legislativo e Executivo. Eu tenho a prerrogativa do veto", disse.

"Se eu julgar que qualquer coisa prejudique o País, eu vetarei. A Câmara pode derrubar o veto. Você tem ainda as instâncias judiciais. O que eu quero dizer é que eu sou a favor do caminho da compreensão e do entendimento. Eu sou a favor deste caminho", completou.

Perguntada como fica a base governista nisso, ela respondeu: "O governo tem uma posição, eu espero que a base siga a posição do governo. Não tem dois governos. Tem um governo". Questionada se vai prorrogar o início da vigência das punições para os produtores rurais que não registraram a reserva legal em seus imóveis, cujo decreto que beneficia os produtores termina em de 11 de junho, a presidente declarou: "O futuro a Deus pertence".

A presidente vai, segundo uma fonte do governo, se reunir com todas as bancadas do Senado para discutir o projeto do Código Florestal. As reuniões começam hoje, com um almoço com a bancada do PT, no Palácio da Alvorada.

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Brasília - A presidente Dilma Rousseff criticou hoje a aprovação, pela Câmara, de emendas ao projeto que trata do novo Código Florestal. "Não concordo que o Brasil seja um país que não tenha condição de combinar ser uma grande potência agrícola com uma grande potência ambiental", disse, em cerimônia de assinatura de termo de compromisso para a construção de quadras esportivas em escolas.

Dilma rebateu as críticas de que ela esteja colaborando com os desmatadores. "Não sou a favor da consolidação do desmatamento ou da anistia ao desmatamento". E explicou: "O Brasil teve uma prática que não pode se deixar repetir. Muitas vezes se anistiava dívidas e anistiava novamente e se anistiava novamente. O desmatamento não pode ser anistiado não por vingança. Mas porque as pessoas precisam perceber que o meio ambiente é algo muito valioso e que é possível preservá-lo e produzir alimentos".

A presidente reafirmou ser contra as emendas ao Código. "Não sou a favor das emendas. Fui contra a aprovação da emenda. Mas, obviamente, respeitando a posição de todos que divergem de mim, continuarei firme defendendo a mudança dessa emenda no Senado", disse.

A presidente avisou que tem o poder do veto, mesmo sabendo que ele pode ser derrubado. "Primeiro tentarei construir (no Senado) uma solução que não leve à situação de impasse que ocorreu na Câmara. Agora, quero dizer a vocês que eu tenho compromisso com o Brasil. Eu não abrirei mão de compromisso com o Brasil. Nós temos obrigações diferentes e prerrogativas diferentes. Somos poderes e temos de nos respeitar, Judiciário, Legislativo e Executivo. Eu tenho a prerrogativa do veto", disse.

"Se eu julgar que qualquer coisa prejudique o País, eu vetarei. A Câmara pode derrubar o veto. Você tem ainda as instâncias judiciais. O que eu quero dizer é que eu sou a favor do caminho da compreensão e do entendimento. Eu sou a favor deste caminho", completou.

Perguntada como fica a base governista nisso, ela respondeu: "O governo tem uma posição, eu espero que a base siga a posição do governo. Não tem dois governos. Tem um governo". Questionada se vai prorrogar o início da vigência das punições para os produtores rurais que não registraram a reserva legal em seus imóveis, cujo decreto que beneficia os produtores termina em de 11 de junho, a presidente declarou: "O futuro a Deus pertence".

A presidente vai, segundo uma fonte do governo, se reunir com todas as bancadas do Senado para discutir o projeto do Código Florestal. As reuniões começam hoje, com um almoço com a bancada do PT, no Palácio da Alvorada.

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