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Diálogo sobre programa nuclear entra na fase mais difícil

Negociações entre as grandes potências e o Irã sobre os limites do programa nuclear iraniano entraram hoje na fase mais difícil


	Usina nuclear no Irã: negociações conseguiram avançar em alguns pontos conflitivos
 (Getty Images)

Usina nuclear no Irã: negociações conseguiram avançar em alguns pontos conflitivos (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 14 de maio de 2014 às 11h12.

Viena - As negociações entre as grandes potências e o Irã sobre os limites do programa nuclear iraniano entraram nesta quarta-feira na fase mais difícil, depois dos avanços alcançados sobre o controverso reator de água pesada de Arak.

Após meses de discussões e de alguns avanços, Teerã e o grupo 5+1 (Alemanha, China, Estados Unidos, França, Reino Unido e Rússia) começam a redigir o texto de um acordo definitivo.

O objetivo, depois de 10 anos de tensão, é que o Irã convença definitivamente o resto do mundo sobre o caráter pacífico de seu programa atômico, para que as sanções internacionais que estão afogando sua economia sejam levantadas.

No entanto, o ministro das Relações Exteriores, Mohamad Javad Zarif, advertiu ao chegar à reunião que "a redação do texto do acordo precisará de muito esforço".

O chefe da diplomacia havia destacado na terça-feira que o texto final deveria prever "o levantamento de todas as sanções".

Uma funcionária americana de alto escalão falou, por sua vez, de um processo muito, muito difícil, no qual divergências significativas precisam ser resolvidas. O otimismo reinante é desproporcional em relação à realidade, acrescentou.

Zarif e a chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, representando o 5+1, dirigirão pessoalmente a maioria das reuniões até sexta-feira.

As negociações, iniciadas na terça-feira em Viena, conseguiram avançar em alguns pontos conflitivos, como o reator de água pesada de Arak.

Esta instalação, situada 240 quilômetros a sudoeste de Teerã, pode fornecer teoricamente ao Irã uma alternativa ao urânio enriquecido com o objetivo de obter a bomba atômica.

Teerã afirma que o reator serve apenas para pesquisa, em especial, médica. Diante do ceticismo das grandes potências, o país propôs modificar a concepção do reator com o objetivo de limitar o plutônio produzido.

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