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Detenções após protestos contra violência policial nos EUA

Em Chicago, várias pessoas foram presas depois que os manifestantes começaram a quebrar as luzes de uma árvore de Natal no parque do Milênio


	Violência policial: tensões raciais irromperam em Chicago após a divulgação de vídeo que mostra um policial matar um adolescente negro
 (Andrew Nelles / Reuters)

Violência policial: tensões raciais irromperam em Chicago após a divulgação de vídeo que mostra um policial matar um adolescente negro (Andrew Nelles / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 26 de novembro de 2015 às 13h28.

Várias detenções ocorreram na noite de quarta-feira nas cidades de Chicago e Nova York durante os protestos contra a violência policial contra negros, informou a imprensa americana nesta quinta-feira.

Em Chicago, várias pessoas foram presas depois que os manifestantes começaram a quebrar as luzes de uma árvore de Natal no parque do Milênio, indicou a WMAQ, filial local da NBC.

A emissora indicou que as autoridades não informaram o número de detidos, mas o jornal USA Today informou que dois manifestantes haviam sido presos por volta das 22H30 (02h30 de quinta-feira no horário de Brasília).

A CNN informou que entre 100 e 200 manifestantes continuavam pelas ruas da cidade após uma segunda noite de protestos.

As tensões raciais irromperam em Chicago após a divulgação na terça-feira de um vídeo que mostra o policial Jasson Van Dyke matar a sangue frio a tiros um adolescente negro, Laquan McDonald.

Van Dyke foi indiciado na terça-feira pela justiça. Em 30 anos, está é a primeira vez que um policial de Chicago é acusado de assassinato em primeiro grau por uma morte em serviço, de acordo com o Chicago Tribune.

A polícia de Nova York afirmou que manifestantes que protestavam entraram em uma loja na Herald Square e tentaram bloquear o túnel Lincoln.

A CNN informou que "várias" pessoas foram presas, enquanto a WCBS evocou seis detidos na quarta-feira.

Os manifestantes de Nova York também protestaram contra um incidente recente em Minneapolis, em que cinco pessoas foram baleadas durante uma passeata.

Os cinco faziam parte de uma multidão que protestava contra a morte do jovem negro Clark Jamal nas mãos da polícia.

A polícia afirma que Jamal morreu durante uma discussão com agentes em 15 de novembro, mas testemunhas dizem que ele já estava algemado quando foi morto.

Quatro pessoas permanecem sob custódia pelo ataque à manifestação de Minneapolis, disseram autoridades locais.

O policial Jason Van Dyke tinha pelo menos 20 acusações contra ele, mas nunca sofreu sanções disciplinares - de acordo com uma base de dados.

O presidente Barack Obama declarou ter ficado "profundamente incomodado" com o vídeo.

"Como todos os americanos, eu fiquei profundamente incomodado com o vídeo do letal tiroteio do Laquan McDonald, de 17 anos", escreveu o presidente, em seu perfil no Facebook.

"Nesse feriado de Ação de Graças, peço a todo mundo para manter todos aqueles que sofreram uma trágica perda em seus pensamentos e orações, e que sejam gratos à esmagadora maioria dos homens e mulheres de uniforme, que protegem nossas comunidades com honra", completou Obama.

O presidente declarou ainda que está "pessoalmente agradecido ao povo da minha cidade por manter os protestos pacíficos", referindo-se à Chicago, onde vivia.

As 20 queixas de cidadãos feitas contra o policial Jason Van Dyke desde 2011 estão abaixo da média de demandas, segundo o programa de informação sobre os procedimentos policiais da Universidade de Chicago.

Ainda assim, Van Dyke se encontra entre o "pequeno grupo" de agentes responsáveis por um "desproporcional" número de reclamações.

O impactante vídeo publicado pouco depois de Van Dyke ter sido acusado de homicídio doloso reavivou o debate sobre o uso da força por parte da Polícia nos Estados Unidos.

O chefe da Polícia e o prefeito de Chicago lançaram na terça-feira à noite um pedido solene de calma, pouco antes de tornar público o chocante vídeo. Um juiz determinou à Polícia que o vídeo fosse tornado público no máximo até quarta-feira.

É a primeira vez em 30 anos que um policial de Chicago é acusado de homicídio doloso por uma morte em serviço.

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