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Deputados israelenses dissolvem o parlamento

Deputados aprovaram a dissolução do parlamento e confirmaram a celebração de eleições legislativas em 17 de março

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu (C), é visto durante votação para dissolução do parlamento (Baz Ratner/Reuters)

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu (C), é visto durante votação para dissolução do parlamento (Baz Ratner/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 8 de dezembro de 2014 às 19h09.

Jerusalém - Os deputados israelenses aprovaram por unanimidade, nesta segunda-feira, a dissolução do Parlamento e confirmaram a data de 17 de março para a celebração das eleições legislativas antecipadas.

Ao concluir um debate transmitido pela TV, membros da Knesset aprovaram por 93 votos o projeto de dissolução, apresentado por partidos da oposição.

O primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, demitiu na semana passada o ministro das Finanças, Yair Lapid, do partido de centro-direita Yesh Atid, e a ministra da Justiça, Tzipi Livni, do partido de centro-esquerda HaTnuah.

Estes partidos somam 25 das 68 cadeiras da atual coalizão de governo em Israel.

Mas diante da tensão cada vez maior com os palestinos, o Likud, partido de Netanyahu, e outras formações de direita apostam em aumentar sua presença na Knesset, em comparação com as eleições de 2013.

Lapid criticou a decisão de Netanyahu afirmando que "o primeiro-ministro cometeu dois erros". "Seu primeiro erro foi levar Israel a eleições completamente desnecessárias e o segundo erro é que perderá estas eleições".

Segundo pesquisa publicada no final de semana pelo jornal econômico Globes, uma lista conjunta entre o Partido Trabalhista e o HaTnuah obteria 24 cadeiras, contra a previsão de 23 cadeira para o Likud.

Os trabalhistas e os integrantes do HaTnuah já admitem formar um bloco de centro esquerda para derrotar Netanyahu e retomar as negociações com os palestinos.

Para formar uma nova coalizão de governo, Netanyahu destacou que deseja restabelecer uma aliança com os partidos ultraortodoxos, atualmente na oposição, e manter o acordo com dois partidos da direita radical - Israel Beiteinu e Lar Judeu - favoráveis ao prosseguimento da colonização nos territórios palestinos ocupados.

Netanyahu chama os ultraortodoxos de "aliados naturais", mas nas eleições do ano passado foram relegados à oposição.

*Atualizada às 20h09 do dia 08/12/2014

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