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Deputado acusa Chávez de gastar US$ 4 milhões em Cuba

Chávez, de 57 anos, viajou no último dia 24 de fevereiro para Havana, onde dois dias depois foi submetido a uma operação para extirpar um câncer

O governante, que não delegou o poder ao vice-presidente Elías Jaua, segue realizando tarefas de governo e participando com seus ministros do que ele chama 'reunião de amigos' (Palácio Miraflores/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 14 de março de 2012 às 20h54.

Caracas - O deputado opositor venezuelano Carlos Berrizbeitia afirmou nesta quarta-feira que o presidente Hugo Chávez já gastou quase US$ 4 milhões nos 20 dias que está em Cuba, onde foi operado de um novo tumor canceroso.

Berrizbeitia calcula que a comitiva presidencial é integrada por mais de 200 pessoas, entre assessores, jornalistas, ministros, parentes e militares, que, junto com uma 'ponte aérea Caracas-Havana' de cerca de quatro voos diários, geraram uma despesa diária ao governo venezuelano de US$ 200 mil.

Chávez, de 57 anos, viajou no último dia 24 de fevereiro para Havana, onde dois dias depois foi submetido a uma operação para extirpar um câncer na mesma região onde extraiu um tumor maligno em junho do ano passado.

O governante, que não delegou o poder ao vice-presidente Elías Jaua, segue realizando tarefas de governo e participando com seus ministros do que ele chama 'reunião de amigos'.

A Assembleia Nacional, de maioria chavista, rejeitou a possibilidade de Chávez delegar seus poderes ao considerar que sair do país para operar-se não está dentro dos pontos contemplados pela Constituição para estabelecer um caso de ausência temporária.

'O presidente tem que justificar porque ele não delegou temporariamente seu cargo e porque está gastando esta imensa quantidade de dinheiro em algo desnecessário e que, além disso, é inconstitucional', comentou Berrizbeitia.


O deputado, integrante da aliança opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD), ressaltou que os gastos em Cuba estão sendo assumidos pelo Escritório da Presidência, sem que a viagem seja 'uma missão oficial'.

No último dia 29 de fevereiro foi publicada na Gazeta Oficial uma retificação do orçamento da Presidência que, segundo o jornal 'El Nacional', aumentou as despesas de segurança e transporte aéreo do Escritório de US$ 6,04 milhões para US$ 16,8 milhões em 2012.

Berrizbeitia antecipou que na volta do líder ao país, que deve acontecer ao longo desta semana, a bancada opositora reivindicará uma justificativa ao Parlamento desta 'imensa quantidade de dinheiro gasto em Cuba'.

'Chávez tem duas doenças. Uma, infelizmente, é câncer e a outra uma doença pelo poder que não lhe deixou ceder seu cargo, nem sequer pelo tempo que seu corpo precisa para restabelecer-se, ao vice ou a seus amigos mais próximos', concluiu.

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Berrizbeitia calcula que a comitiva presidencial é integrada por mais de 200 pessoas, entre assessores, jornalistas, ministros, parentes e militares, que, junto com uma 'ponte aérea Caracas-Havana' de cerca de quatro voos diários, geraram uma despesa diária ao governo venezuelano de US$ 200 mil.

Chávez, de 57 anos, viajou no último dia 24 de fevereiro para Havana, onde dois dias depois foi submetido a uma operação para extirpar um câncer na mesma região onde extraiu um tumor maligno em junho do ano passado.

O governante, que não delegou o poder ao vice-presidente Elías Jaua, segue realizando tarefas de governo e participando com seus ministros do que ele chama 'reunião de amigos'.

A Assembleia Nacional, de maioria chavista, rejeitou a possibilidade de Chávez delegar seus poderes ao considerar que sair do país para operar-se não está dentro dos pontos contemplados pela Constituição para estabelecer um caso de ausência temporária.

'O presidente tem que justificar porque ele não delegou temporariamente seu cargo e porque está gastando esta imensa quantidade de dinheiro em algo desnecessário e que, além disso, é inconstitucional', comentou Berrizbeitia.


O deputado, integrante da aliança opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD), ressaltou que os gastos em Cuba estão sendo assumidos pelo Escritório da Presidência, sem que a viagem seja 'uma missão oficial'.

No último dia 29 de fevereiro foi publicada na Gazeta Oficial uma retificação do orçamento da Presidência que, segundo o jornal 'El Nacional', aumentou as despesas de segurança e transporte aéreo do Escritório de US$ 6,04 milhões para US$ 16,8 milhões em 2012.

Berrizbeitia antecipou que na volta do líder ao país, que deve acontecer ao longo desta semana, a bancada opositora reivindicará uma justificativa ao Parlamento desta 'imensa quantidade de dinheiro gasto em Cuba'.

'Chávez tem duas doenças. Uma, infelizmente, é câncer e a outra uma doença pelo poder que não lhe deixou ceder seu cargo, nem sequer pelo tempo que seu corpo precisa para restabelecer-se, ao vice ou a seus amigos mais próximos', concluiu.

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