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Delegados indicam que Demóstenes beneficiou Cachoeira

Nos depoimentos dos delegados teria ficado clara a relação do senador com o contraventor

Em uma das conversas, Gleyb Ferreira da Cruz, tesoureiro de Cachoeira, diz estar na porta da residência de Demóstenes esperando para entregar R$ 20 mil (Ueslei Marcelino/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 15 de maio de 2012 às 15h50.

Brasília - Em audiência secreta hoje (15) no Conselho de Ética do Senado, os delegados Raul Alexandre Marques de Sousa e Matheus Mella Rodrigues reafirmaram que o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) usou seu mandato para defender interesses do empresário Carlos Augusto de Almeida Ramos, conhecido como Carlinhos Cachoeira.

De acordo com o relator do processo de quebra de decoro parlamentar, senador Humberto Costa (PT-PE), nos depoimentos dos delegados, ficou caracterizada a relação do senador com Cachoeira. "Pela colocação dos delegados, isso fica claro. A ação [de Cachoeira] era na defesa de seus interesses em órgãos públicos", disse o relator.

Os delegados coordenaram as operações Vegas e Monte Carlo que investigaram o suposto esquema controlado por Cachoeira. O depoimento conjunto dos delegados durou quase três horas, nas quais eles teriam confirmado, de acordo com Humberto Costa, uma relação de "intimidade" de Demóstenes com Cachoeira.

Essa relação, de acordo com o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), ficou caracterizada nas interceptações telefônicas feitas pela Polícia Federal e citadas pelos delegados durante o depoimento. "Está claro que o senador atuava para fazer lobby em favor do Cachoeira no Congresso. Isso está claro pelo intenso número de ligações", disse o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP).

Os delegados informaram ao conselho que as interceptações telefônicas das duas operações flagraram 416 conversas diretas entre Demóstenes e Cachoeira, das quais 63 na Operação Vegas, que terminou em 2009, e outras 353 na Operação Monte Carlo. Além disso, outras 292 conversas citam o senador, de acordo com os delegados.

Em uma das conversas, Gleyb Ferreira da Cruz, apontado pela Polícia Federal como tesoureiro de Cachoeira, diz estar na porta da residência de Demóstenes esperando para entregar R$ 20 mil. Os delegados também citaram uma conversa de Cachoeira com Cláudio Abreu, ex-diretor da Delta, na qual ele fala sobre a entrega de R$ 1 milhão a Demóstenes.

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Brasília - Em audiência secreta hoje (15) no Conselho de Ética do Senado, os delegados Raul Alexandre Marques de Sousa e Matheus Mella Rodrigues reafirmaram que o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) usou seu mandato para defender interesses do empresário Carlos Augusto de Almeida Ramos, conhecido como Carlinhos Cachoeira.

De acordo com o relator do processo de quebra de decoro parlamentar, senador Humberto Costa (PT-PE), nos depoimentos dos delegados, ficou caracterizada a relação do senador com Cachoeira. "Pela colocação dos delegados, isso fica claro. A ação [de Cachoeira] era na defesa de seus interesses em órgãos públicos", disse o relator.

Os delegados coordenaram as operações Vegas e Monte Carlo que investigaram o suposto esquema controlado por Cachoeira. O depoimento conjunto dos delegados durou quase três horas, nas quais eles teriam confirmado, de acordo com Humberto Costa, uma relação de "intimidade" de Demóstenes com Cachoeira.

Essa relação, de acordo com o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), ficou caracterizada nas interceptações telefônicas feitas pela Polícia Federal e citadas pelos delegados durante o depoimento. "Está claro que o senador atuava para fazer lobby em favor do Cachoeira no Congresso. Isso está claro pelo intenso número de ligações", disse o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP).

Os delegados informaram ao conselho que as interceptações telefônicas das duas operações flagraram 416 conversas diretas entre Demóstenes e Cachoeira, das quais 63 na Operação Vegas, que terminou em 2009, e outras 353 na Operação Monte Carlo. Além disso, outras 292 conversas citam o senador, de acordo com os delegados.

Em uma das conversas, Gleyb Ferreira da Cruz, apontado pela Polícia Federal como tesoureiro de Cachoeira, diz estar na porta da residência de Demóstenes esperando para entregar R$ 20 mil. Os delegados também citaram uma conversa de Cachoeira com Cláudio Abreu, ex-diretor da Delta, na qual ele fala sobre a entrega de R$ 1 milhão a Demóstenes.

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