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Na Suíça, a vez da China

O presidente da China abre, nesta terça-feira, o encontro anual do Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça. É a primeira vez que um líder chinês vai a Davos. Xi Jinping, que está na mira do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, vai levantar a voz contra a hostilidade à globalização. Em seu discurso, […]

XI JINPING: presidente da China chega à Suíça e vai abrir o Fórum Econômico Mundial, em Davos / Peter Klaunzer/Reuters
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Da Redação

Publicado em 16 de janeiro de 2017 às 18h17.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h21.

O presidente da China abre, nesta terça-feira, o encontro anual do Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça. É a primeira vez que um líder chinês vai a Davos. Xi Jinping, que está na mira do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, vai levantar a voz contra a hostilidade à globalização. Em seu discurso, defenderá a globalização inclusiva ao lado do fundador do Fórum, o alemão Klaus Schwab, que afirmou na última semana que a globalização foi transformada no “bode expiatório” dos problemas do mundo.

A mensagem de cooperação global tenta resgatar os valores primordiais pregados em Davos, como o livre comércio e o estímulo à imigração, num momento em que o globalismo está em baixa. Com discursos isolacionistas ganhando força, os líderes globais vão defender suas relações de comércio rebatendo a ideia cada vez mais difundida de que as políticas de abertura arruinaram a capacidade dos países de gerar emprego.

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Nos Estados Unidos, entre 2000 e 2010 5,6 milhões de vagas em empregos em manufaturas foram fechadas. Mas o principal culpado, segundo o Centro de Pesquisas em Economia e Negócios da Universidade Ball State, é o avanço da automação, que teria ceifado 85% dessas vagas.

Já as críticas de que a globalização têm aumentado a concentração de renda são mais difíceis de contestar. Nesta segunda-feira, para pressionar que as discussões econômicas se voltem para o assunto, a ONG Oxfam Internacional, dedicada a estudos sobre desigualdade, revelou que os oito homens mais ricos do mundo possuem tanta renda quanto a metade mais pobre da população mundial.

Com os Estados Unidos às voltas com a sucessão presidencial, a China tenta a liderança da globalização no mundo com um interesse claro em vista. Em dezembro, o país ganhou o direito de ser reconhecido como economia de mercado na Organização Mundial de Comércio, mas depende do reconhecimento dos países membros. Para isso, quer usar Davos para se mostrar mais socialmente responsável e preocupada com o meio-ambiente e com relações globais mais construtivas. O fórum de Davos vai até sexta-feira.

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