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Cúpula tem estreia de cinco presidentes e várias incógnitas

A maioria dos líderes latino-americanos, exceto os dois e o cubano Raúl Castro confirmaram sua participação na 22ª Cúpula Ibero-Americana


	A única ausência confirmada é a do presidente do Paraguai, Federico Franco
 (Reuters/Mario Valdez)

A única ausência confirmada é a do presidente do Paraguai, Federico Franco (Reuters/Mario Valdez)

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Da Redação

Publicado em 13 de novembro de 2012 às 18h09.

Madri - A Cúpula Ibero-Americana de Cádiz será o palco da estreia de quatro presidentes latino-americanos, assim como do chefe de Governo do país anfitrião, o espanhol Mariano Rajoy, mas o evento ainda tem como incertas as presenças do venezuelano Hugo Chávez e da argentina Cristina Kirchner.

A maioria dos líderes latino-americanos, exceto os dois e o cubano Raúl Castro confirmaram sua participação na 22ª Cúpula Ibero-Americana, que será a terceira realizada na Espanha depois das de Madri (1992) e Salamanca (2005).

A única ausência confirmada é a do presidente do Paraguai, Federico Franco, que anunciou esta decisão para evitar problemas com outros países, como os que integram o Mercosul e a Unasul, e que lhe vetaram desses foros após o julgamento político no qual seu antecessor, Fernando Lugo, sofreu o impeachment.

Entre os estreantes, além de Rajoy, estão a presidente Dilma Rousseff e os governantes de Honduras, Porfirio Lobo; Guatemala, Otto Pérez Molina, e República Dominicana, Danilo Medina.

Uma das incógnitas ainda existentes é a participação da presidente argentina, Cristina Kirchner, que em dezembro do ano passado assumiu seu segundo mandato e notificou que talvez não pudesse ir a Cádiz e que, nesse caso, seria substituída por seu vice-presidente, Amado Boudou.

Desta maneira, fica incerta a possibilidade de que em Cádiz haja um reencontro entre os chefes de Governo de Espanha e Argentina após a crise desencadeada pela desapropriação das ações da companhia espanhola Repsol na petrolífera YPF em abril deste ano.

Ausente das cúpulas desde a de Santiago do Chile, em 2007, na qual o rei da Espanha o repreendeu com a célebre frase 'Por que não se calas?', Hugo Chávez, que nas urnas conseguiu a reeleição em outubro, ainda não informou se irá à de Cádiz.


A participação do presidente cubano, Raúl Castro, está praticamente descartada, já que desde que assumiu o poder, em 2006, no lugar de seu irmão Fidel, não foi a nenhuma.

Por outro lado, pela primera vez participará de uma cúpula ibero-americana o presidente de Honduras, cujo país sofreu uma profunda crise política em 2009 depois do golpe de Estado sofrido por Manuel Zelaya. Para Dilma, também será a primeira participação no encontro ibero-americano.

As outras caras novas são o presidente da Guatemala, o general reformado Otto Pérez Molina, primeiro militar que é eleito Chefe de Estado desse país centro-americano desde o fim das ditaduras militares em 1986, e o dominicano Danilo Medina, economista que assumiu a Presidência em agosto.

A presença em Cádiz do governante colombiano, Juan Manuel Santos, coincidirá com o início em Havana das negociações de paz entre seu governo e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), que buscam pôr fim a mais de meio século de conflito armado.

Entre os que confirmaram presença está o presidente equatoriano Rafael Correa, no poder desde 2007 e que deve tentar a reeleição no pleito do próximo ano.

Também é esperado em Cádiz o boliviano Evo Morales, que assumiu seu primeiro mandato em 2006 e obteve um segundo em 2009, já com nova Constituição, por isso considera que as leis lhe permitem se candidatar à eleição de 2014.

Entre os veteranos no poder na América Latina que estarão em Cádiz se destaca o nicaraguense Daniel Ortega, que assumiu em janeiro seu terceiro mandato e o segundo consecutivo.

O encontro ibero-americano em Cádiz será o último do presidente do México, Felipe Calderón, que terminará seu mandato no dia 1º de dezembro, quando Enrique Peña Nieto o sucederá.

Também terminará seu mandato no próximo ano o presidente do Chile, Sebastián Piñera, já que não pode ser reeleito em 2013, por impedimento da Constituição.

O presidente do Peru, Ollanta Humala, um militar da reserva que emergiu no cenário internacional após protagonizar um levante contra Alberto Fujimori, estará em Cádiz em um momento no qual em seu país está aberto o debate sobre o polêmico pedido de indulto do ex-ditador, condenado a 25 anos de prisão por violações dos direitos humanos durante seu período no poder (1990-2000).

No meio de seus mandatos estão os presidentes de Uruguai, José Mujica; El Salvador, Mauricio Funes; e Costa Rica, Laura Chinchilla. O presidente do Panamá, Ricardo Martinelli, será o anfitrião da edição do próximo ano.

O único Chefe de Estado que foi a todas a entrevistas ibero-americanas desde a primeira, em 1991 em Guadalajara (México), é o rei Juan Carlos I, que nesta ocasião o fará acompanhado de Mariano Rajoy.

A eles se somarão o chefe de Governo de Andorra, Antoni Martí Petit, o presidente de Portugal, o conservador Aníbal Cavaco Silva, e o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho. EFE

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