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Cuba devolve aos EUA míssil que havia recebido por engano

O míssil foi embarcado em Orlando no começo de 2014, para ser usado em manobras militares da Otan na Espanha


	Soldado faz inspeção pré-vôo de um míssil Hellfire inerte acoplado a uma aeronave não tripulada
 (Getty Images)

Soldado faz inspeção pré-vôo de um míssil Hellfire inerte acoplado a uma aeronave não tripulada (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 13 de fevereiro de 2016 às 17h50.

Washington - Um míssil norte-americano Hellfire que havia sido enviado por engano a Cuba dois anos atrás foi localizado e devolvido aos EUA, informou o Departamento de Estado. Um avião trazendo o míssil pousou em Orlando (Flórida) na manhã deste sábado e o armamento foi devolvido a um armazém da empresa fabricante, a Lockheed Martin.

"Podemos dizer, sem entrar em detalhes, que o míssil inerte de treinamento foi devolvido com a cooperação do governo cubano. O restabelecimento de relações diplomáticas e a reabertura de nossa embaixada em Havana nos permitem um engajamento com o governo cubano em questões de interesse mútuo", disse o porta-voz do Departamento de Estado, Mark Toner.

O Hellfire é um míssil criado há mais de 30 anos como arma antitanque, que mais tarde foi modernizado para ser disparado por aviões e helicópteros contra alvos em terra; os EUA têm usado esse armamento em suas operações militares no Iêmen, no Paquistão, na Síria e em outros lugares, frequentemente disparados por "drones" (aeronaves não tripuladas, comandadas por controle remoto).

O míssil perdido estava "inerte", ou sem carga explosiva. Ele foi embarcado em Orlando no começo de 2014, para ser usado em manobras militares da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) na Espanha. Segundo funcionários norte-americanos, a caixa que continha o míssil, de 50 kg de peso e 1,5 m de comprimento, estava claramente marcada como contendo material sujeito a controles de exportação rigorosos.

Encerradas as manobras da Otan, o míssil foi embarcado em um caminhão que o levou da base militar de Rota para Madri, onde ele deveria ser colocado em um avião para ser levado a Frankfurt, na Alemanha, de onde ele deveria ser devolvido à Flórida; ao invés disso, ele foi embarcado em um caminhão da Air France que o levou ao aeroporto Charles de Gaulle, nos arredores de Paris. Quando o erro foi percebido, o míssil já estava em um avião da Air France com destino a Havana.

Fonte: Dow Jones Newswires.

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