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Cruz Vermelha diz que não acompanha caminhões russos

Comitê Internacional da Cruz Vermelha disse que seus delegados não acompanham comboio russo que entrou na Ucrânia

Caminhões de comboio humanitário russo para a Ucrânia estacionados perto de Donetsk (Alexander Demianchuk/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 22 de agosto de 2014 às 09h34.

Genebra - O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) confirmou nesta sexta-feira que o comboio da Rússia com ajuda humanitária entrou na Ucrânia , mas informou que seus delegados não estão acompanhando o deslocamento por questões de segurança.

"Não estamos escoltando o comboio pois a situação de segurança é volátil", comunicou a organização por meio de sua conta no Twitter.

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O governo ucraniano tinha colocado como condição para permitir a entrada do comboio humanitário que a Cruz Vermelha assumisse a responsabilidade pelo carregamento quando entrasse no país e houvesse um delegado da organização em cada caminhão.

O CICV disse também que "não recebeu garantias de segurança suficientes das partes combatentes", e que sua própria equipe, que se encontra na região, verificou que durante a noite ocorreram intensos combates.

Fontes da organização afirmaram que o conteúdo de 34 caminhões foi verificado ontem à noite por guardas de fronteira e funcionários da alfândega da Ucrânia e da Rússia, com representantes da Cruz Vermelha como testemunhas.

O comboio, composto por mais de 260 caminhões que transportavam duas mil toneladas de ajuda humanitária, permaneceu durante uma semana a poucos quilômetros da fronteira com a Ucrânia, na região de Rostov, à espera de que Moscou e Kiev resolvessem seus desacordos.

A maior parte da ajuda será enviada para Lugansk, onde estão se concentrando os enfrentamentos durante as últimas semanas. Os combates destruíram a infraestrutura local, o que deixou a população sem água e energia.

A cada dia são registrados dezenas de mortos e feridos. Após uma semana de tensões diplomáticas, a Rússia anunciou hoje que seu comboio entraria no país vizinho mesmo sem a autorização do governo.

Testemunhas que se encontram na zona indicaram que uma coluna de 34 de caminhões -os que foram revistados ontem à noite- começaram a atravessar a fronteira.

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