Mundo

Cristina Kirchner pode ter alta nesta sexta-feira

A governante descansou bem durante a noite e os exames clínicos e laboratoriais foram normais

A expectativa era de que Cristina, de 58 anos, recebesse alta nesta sábado (Jeff Zelevansky/Getty Images)

A expectativa era de que Cristina, de 58 anos, recebesse alta nesta sábado (Jeff Zelevansky/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 6 de janeiro de 2012 às 17h04.

Buenos Aires - O quadro de saúde da presidente argentina, Cristina Fernández de Kirchner, evolui 'sem complicações' após sua operação para retirada da tireóide, onde foi detectada a presença de um tumor, e ela já está se alimentando adequadamente, por isso poderá ter alta 'dentro de 24 horas', segundo o último relatório médico divulgado nesta sexta-feira.

A governante descansou bem durante a noite e os exames clínicos e laboratoriais foram normais, afirmou o boletim médico lido pelo porta-voz presidencial, Alfredo Scoccimarro.

A expectativa era de que Cristina, de 58 anos, recebesse alta nesta sábado, mas o último relatório indica que ela já poderia deixar nesta sexta-feira o hospital Austral, localizado em Pilar, a 60 quilômetros de Buenos Aires.

O helicóptero presidencial que levou a presidente para o centro médico nesta quarta-feira permanece no terreno no hospital, que continua protegido por um forte esquema de segurança.

A Casa Rosada não informou se Cristina voltará para sua residência oficial de Oliveiras, nos arredores de Buenos Aires, e depois viajará para sua casa na cidade turística de Calafate, na província de Santa Cruz, para descansar até o término de sua licença, em 24 de janeiro.

Como ocorreu nos dois últimos dias, as boas notícias sobre a evolução da presidente provocou aplausos entre os militantes kirchneristas que permanecem em frente ao hospital Austral.

Cerca de 150 simpatizantes estão no local, apesar da intensa onda de calor que atingiu nesta sexta-feira o centro do país, onde foram registradas temperaturas de mais de 40 graus.


Alguns dos presentes tiveram desidratação e tiveram que ser atendidos por equipes médicas. O calor, não entanto, não diminuiu o ânimo dos Kirchneristas, e funcionários do hospital tiveram que pedir para eles diminuíram o volume dos cantos e hinos para não incomodar os pacientes.

Tanto o governo como dirigentes peronistas respeitaram o desejo da presidente de privacidade. Cristina foi acompanhada apenas por seus dois filhos, Máximo e Florença, e por seus familiares mais próximos.

No entanto, o jornal 'El Cronista' informou hoje que Cristina teve um breve contato no hospital com o vice-presidente argentino, Amado Boudou, quem ocupará seu cargo até a volta da presidente, e com o ministro do Planejamento, Julio de Vido.

Boudou segue as instruções da líder e centraliza sua atividade em questões econômicas, assunto familiar para ele, que foi ministro da Economia no primeiro mandato da presidente.

Cristina Kirchner assumiu a presidência pela segunda vez em 10 de dezembro, após uma vitória arrasadora nas urnas, mas não quase não teve tempo de governar, pois algumas semanas depois foi descoberta sua doença.

A presidente foi internada na quarta-feira para ser submetida à tiroidectomia total, que demorou três horas e meia, após um tumor ser detectado no lóbulo direito da glândula.

Este tipo de câncer, que não requer quimioterapia, tem uma possibilidade de recuperação superior a 90% e é tratado com cirurgia e iodo radioativo.

A partir de agora, Cristina terá que tomar hormônios para substituir a função da tireóide, mas poderá ter uma vida normal, segundo os médicos. 

Acompanhe tudo sobre:América LatinaArgentinaCâncerCristina KirchnerDoençasPolíticos

Mais de Mundo

Nicarágua multará e fechará empresas que aplicarem sanções internacionais

Conselho da Europa pede que países adotem noção de consentimento nas definições de estupro

Tesla reduz preços e desafia montadoras no mercado automotivo chinês

Alemanha prepara lista de bunkers e abrigos diante do aumento das tensões com a Rússia