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Coreias vão se reunir no 1º encontro de alto nível desde 2015

Na próxima terça-feira (10), o encontro será para tratar sobre a possível participação de atletas norte-coreanos nos Jogos Olímpicos de Inverno

Coreias: Países tecnicamente se mantêm em guerra há mais de 65 anos (Edgar Su/Reuters)

Coreias: Países tecnicamente se mantêm em guerra há mais de 65 anos (Edgar Su/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 5 de janeiro de 2018 às 08h15.

Última atualização em 5 de janeiro de 2018 às 08h17.

Seul - A Coreia do Norte aceitou hoje reunir-se com autoridades sul-coreanas na próxima terça-feira (09), segundo informações de Seul. O encontro será para tratar sobre a possível participação de atletas norte-coreanos nos Jogos Olímpicos de Inverno, que ocorrem em PyeongChang, no Sul, a partir de 9 de fevereiro.

As duas Coreias, que tecnicamente se mantêm em guerra há mais de 65 anos, não realizam um encontro de alto nível desde o fim de 2015. Porta-voz sul-coreano do Ministério da Unificação, Baik Tae-hyun disse que a Coreia do Norte aceitou a oferta de Seul de se encontrarem na fronteira da vila de Panmunjom para discutir como cooperar nos jogos e como melhorar as relações bilaterais de modo geral.

O anúncio veio horas depois de os Estados Unidos dizerem que concordou em adiar os exercícios militares conjuntos com a Coreia do Sul. Seul já tinha pedido a Washington, no final de 2017, que considerasse o adiamento das manobras para evitar que o regime norte-coreano respondesse com novos testes balísticos.

O líder norte-coreano, Kim Jong-un, expressou, em sua mensagem de ano-novo, o desejo de se aproximar do Sul e de que seus atletas participassem dos jogos depois de um 2017 marcado por contínuos testes de mísseis e de rivalidade com os EUA.

Após as duas Coreias concordarem com o encontro, o porta-voz do governo japonês, Yoshihide Suga, declarou que o Japão fará o que for preciso para continuar pressionando a Coreia do Norte a desistir de seus programas de armas. Entre os "passos necessários" para pressionar o Norte, o Japão cooperaria, inclusive, com China e Rússia, disse Suga. Fonte: Associated Press.

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