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Coreia do Sul questiona se Pyongyang tem tecnologia para míssil

Segundo o país, o regime ainda precisar provar que o míssil realmente tem tecnologias essenciais, como de reentrada na atmosfera e a ativação de ogiva

Míssil: país acredita que Pyongyang fará uma pausa no seu programa de testes de míssil depois do sucesso de seu novo míssil (KCNA/Reuters)

Míssil: país acredita que Pyongyang fará uma pausa no seu programa de testes de míssil depois do sucesso de seu novo míssil (KCNA/Reuters)

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Reuters

Publicado em 1 de dezembro de 2017 às 08h46.

Seul - O teste de míssil mais recente da Coreia do Norte coloca Washington ao alcance, mas o país ainda precisa provar que tem as tecnologias essenciais, como de reentrada na atmosfera, direcionamento na fase terminal e ativação de ogiva, disse a Coreia do Sul nesta sexta-feira.

Seul disse ainda acreditar que Pyongyang fará uma pausa no seu programa de testes de míssil depois do sucesso de seu novo míssil Hwasong-15, capaz de voar longe suficiente para atingir o território continental dos Estados Unidos.

Pyongyang disse que seu teste bem-sucedido de quarta-feira foi um "avanço", e o líder Kim Jong Un disse que o país "finalmente concretizou a grande causa histórica de completar a força nuclear estatal".

"Kim Jong Un está agindo de maneira muito calculada e esperta", disse o ministro da Defesa da Coreia do Sul, Song Young-moo.

"Kim mudou o momento do lançamento, a direção e a distância para demonstrar que tem este grande poder... ele provavelmente fará um grande anúncio em seu discurso de Ano Novo dizendo que o Norte completou seu programa de armas."

O Ministério da Defesa sul-coreano disse que o Hwasong-15 é um novo tipo de míssil balístico intercontinental (ICBM) que pode voar mais de 13 mil quilômetros, o que torna Washington um alvo ao seu alcance.

Mas a Coreia do Norte ainda precisa provar que detém certas tecnologias, como reentrada na atmosfera, direcionamento na fase terminal e ativação de ogiva, disse Yeo Suk-joo, vice-ministro de políticas de defesa do Ministério da Defesa.

Na quinta-feira o presidente sul-coreano, Moon Jae-in, disse a seu colega norte-americano Donald Trump que, apesar das questões técnicas que é preciso esclarecer, o novo míssil é o mais avançado da Coreia do Norte.

De acordo com uma análise dos militares da Coreia do Sul, Yeo disse aos parlamentares durante uma sessão da legislatura que o motor do primeiro estágio do Hwasong-15 é uma junção de dois motores dos Hwasong-14, que também são ICBMs que foram testados em julho deste ano.

Yeo disse que o Hwasong-15 é dois metros maior do que o Hwasong-14 e que o motor do segundo estágio exige análises adicionais.

Para coibir novas provocações da Pyongyang, ativos estratégicos dos EUA continuarão a ser utilizados em rodízio dentro e no entorno da Península Coreana até a Olimpíada de Inverno de Pyeongchang, em fevereiro, informou Yeo.

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