Míssil balístico: Coreia do Norte dispara míssil balístico, afirma exército sul-coreano (Jung Yeon-je/AFP)
AFP
Publicado em 9 de novembro de 2022 às 06h37.
A Coreia do Norte disparou ao menos um míssil balístico nesta quarta-feira, 9, informou o exército da Coreia do Sul, o mais recente de uma série recorde de lançamentos este mês.
"A Coreia do Norte disparou um míssil balístico não especificado em direção ao Mar do Leste", também conhecido como Mar do Japão, afirmou o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul em um comunicado, sem revelar mais detalhes.
O Japão também confirmou o lançamento. O governo indicou no Twitter que o país comunista "disparou um suposto míssil balístico".
No início do mês, a Coreia do Norte efetuou uma série sem precedentes de lançamentos, incluindo um míssil balístico intercontinental que, segundo o exército sul-coreano, terminou em fracasso.
Pyongyang também lançou um míssil balístico de curto alcance que atravessou a disputada fronteira marítima com a Coreia do Sul em 2 de novembro.
Na ocasião, o presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol, classificou a ação com uma "invasão territorial de fato".
O exército da Coreia do Sul anunciou nesta quarta-feira que recuperou os destroços do míssil lançado pela Coreia do Norte que cruzou a fronteira marítima entre os dois países.
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O ministério da Defesa afirmou que recuperou um pedaço de três metros de comprimento e dois metros de largura do míssil, que identificou como um SA-5.
"O SA-5 é um míssil que também pode ser usado como míssil terra-terra", explicou o ministério.
Os disparos coincidiram com manobras militares conjuntas das Forças Aéreas dos Estados Unidos e da Coreia do Sul, no exercício denominado "Tempestade Vigilante", o maior já realizado até o momento, com centenas de aeronaves.
Comparado com a frota norte-coreana envelhecida, o exercício 'Tempestade Vigilante' colocou em ação alguns dos caças mais modernos dos Estados Unidos e da Coreia do Sul, incluindo caças furtivos F-35.
Em setembro, a Coreia do Norte modificou sua doutrina nuclear para permitir ataques preventivos em caso de ameaça contra o regime de Kim Jong Un.
Se o "sistema de comando e controle" nuclear da Coreia do Norte "estiver em perigo de ataque de forças hostis, um ataque nuclear será executado de forma automática e imediata", afirma a nova doutrina.
Seul e Washington alertaram que a Coreia do Norte pode executar um teste nuclear em breve, que seria o sétimo da história do país e o primeiro desde 2017.
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