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Coreia aprofundará isolamento com teste nuclear, diz Obama

O presidente dos Estados Unidos advertiu a Coreia do Norte ao afirmar que o país só conseguirá aprofundar seu isolamento se fizer um novo teste nuclear

Barack Obama: "Pyongyang não ganhará absolutamente nada com outro teste nuclear, exceto aprofundar seu próprio isolamento da comunidade global" (Larry Downing/Reuters)

Barack Obama: "Pyongyang não ganhará absolutamente nada com outro teste nuclear, exceto aprofundar seu próprio isolamento da comunidade global" (Larry Downing/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 25 de abril de 2014 às 09h45.

Seul - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, advertiu a Coreia do Norte nesta sexta-feira ao afirmar que o país só conseguirá "aprofundar seu isolamento" se fizer um novo teste nuclear, depois que informações de inteligência indicam que uma nova detonação atômica do regime está muito próxima.

"Pyongyang não ganhará absolutamente nada com outro teste nuclear, exceto aprofundar seu próprio isolamento da comunidade global", garantiu Obama em entrevista publicada nesta sexta pelo jornal sul-coreano "Joongang" por causa de sua visita a Seul.

O líder americano se reúne hoje na capital sul-coreana com a presidente Park Geun-hye, em um ambiente marcado pelos indícios de um possível teste nuclear da Coreia do Norte.

"Os programas nucleares e de mísseis balísticos da Coreia do Norte são uma ameaça para nossos aliados, a Coreia do Sul e o Japão" e também "uma ameaça direta à segurança dos Estados Unidos", assegurou Obama na entrevista.

Após destacar a solidez da aliança de defesa entre Estados Unidos, Coreia do Sul e Japão, o titular da Casa Branca sentenciou que se o regime de Kim Jong-un "cometer o erro de realizar outro teste nuclear, deve esperar uma resposta firme da comunidade internacional".

Quanto ao papel da China, tradicional aliado da Coreia do Norte e praticamente seu único parceiro econômico, os Estados Unidos continuarão "tentando convencer" Pequim para que pressione ainda mais Pyongyang, segundo Obama.

O presidente destacou que os governos dos Estados Unidos e da China já "aprofundaram sua coordenação sobre a questão nuclear" do regime de Kim Jong-un e têm "um interesse comum em uma Coreia do Norte sem armas nucleares".

Pyongyang ameaçou realizar um "novo tipo de teste nuclear" no mês passado, uma aparente referência a uma detonação utilizando urânio, ao invés de plutônio, como combustível. Nas últimas semanas foi detectado um aumento das atividades em sua base de testes atômicos de Punggye-ri, no nordeste do país.

Barack Obama se encontra em Seul como parte de um giro asiático que já passou por Tóquio e que incluirá mais duas paradas, Kuala Lumpur (Malásia) e Manila (Filipinas), até a próxima terça-feira. 

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