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Consumo de maconha em quarentena favorece legalização nos EUA

Nove em cada 10 americanos aprovam o uso medicinal ou recreativo da maconha, e mais de 20 estados consideraram vendas como negócios “essenciais”

Maconha: vírus também alterou a trajetória das ações de cannabis. Nos últimos dois meses, as ações subiram 66% (Simona Granati/Getty Images)

Janaína Ribeiro

Publicado em 22 de maio de 2020 às 21h23.

Última atualização em 22 de maio de 2020 às 21h27.

A vlogger no WeedTube pareceu capturar o momento. A mulher, com perfil @indicawife, disse aos usuários no mês passado que gastou parte do cheque de estímulo de US$ 1.200 no dispensário de cannabis de sua cidade.

“Todos vamos fumar” maconha com dinheiro de Donald Trump, disse, dando uma tragada. “Isso é uma aposta.”

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Há muitos motivos para estar deprimido em meio à pandemia, que deixa uma devastação econômica e divisão política em seu rastro. Mas esses dias difíceis não foram ruins para o setor de cannabis.

Nove em cada 10 americanos aprovam o uso medicinal ou recreativo da maconha, e mais de 20 estados consideraram vendas médicas ou recreativas como negócios “essenciais” durante a paralisação da pandemia. Americanos têm consumido mais maconha do que o habitual durante a quarentena, e ativistas do setor dizem que a crise levará o governo federal a seguir a liderança de 33 estados e legalizar a cannabis mais rapidamente.

O coronavírus mudou o cenário, dizem. Os governos, com baixa receita após meses de confinamento, têm ímpeto para aplicar um imposto sobre a maconha e expandir as oportunidades de emprego. Ben Kovler, da Green Thumb Industries Inc., comparou a situação com o fim da chamada “Proibição”, ou lei seca, durante a Grande Depressão.

“Esta é a Proibição 2.0”, disse Kovler, diretor-presidente da empresa de cannabis com sede em Chicago. “É um momento de incerteza e alto estresse no lado do consumidor e no lado do governo; há questões econômicas.”

O vírus também alterou a trajetória das ações de cannabis. Eram negociadas perto de recordes de baixa no início das quarentenas. Nos últimos dois meses, as ações subiram 66%.

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