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Conselho Europeu diz que segurança não é moeda de troca no Brexit

Declaração do presidente do Conselho Europeu foi uma resposta a Theresa May, que defendeu um novo acordo de segurança com o bloco

Donald Tusk: "é preciso ficar claro que o terrorismo é nosso problema comum e segurança é nosso problema comum" (Ints Kalnins/Reuters)

Donald Tusk: "é preciso ficar claro que o terrorismo é nosso problema comum e segurança é nosso problema comum" (Ints Kalnins/Reuters)

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Reuters

Publicado em 31 de março de 2017 às 09h05.

Valletta - Nenhuma das partes nas negociações sobre a saída do Reino Unido da União Europeia quer que a questão da segurança seja usada como uma moeda de troca, disse nesta sexta-feira o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, depois que o governo britânico alertou sobre uma cooperação menor se não houver um acordo.

A primeira-ministra britânica, Theresa May, deu início ao processo formal do chamado Brexit com uma carta a Tusk afirmando que "nossa cooperação na luta contra o crime e o terrorismo seria enfraquecida" se o Reino Unido deixar a UE sem um novo acordo sobre a relação futura.

A carta, enviada uma semana após um ataque do lado de fora do Parlamento britânico, despertou preocupação entre a comunidade de inteligência europeia, que espera manter o máximo possível de compartilhamento de informações e cooperação após o Brexit.

Tusk afirmou, no entanto, ter certeza que os comentários, que tiveram enorme repercussão, foram mal interpretados.

"Isso precisa ter sido um mal-entendido", disse Tusk a jornalistas em Malta, que ocupa a presidência rotativa da UE. "Nossos parceiros são sábios e decentes, por isso eu tenho certeza absoluta que ninguém está interessado em usar a cooperação de segurança como moeda de troca".

Cinco pessoas morreram e cerca de 40 ficaram feridas em Londres no ataque de 22 de março, depois que um carro atropelou pedestres e o agressor, supostamente inspirado pela militância islâmica, esfaqueou um policial perto do Parlamento, antes de ser morto a tiros pela polícia.

"Especialmente após o ataque terrorista em Londres --os últimos acontecimentos-- é preciso ficar claro que o terrorismo é nosso problema comum e segurança é nosso problema comum", disse Tusk.

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