Conflitos superam econômia como maior risco para mundo
Avaliação anual dos riscos globais feita pelo Fórum delineia o cenário para sua reunião em Davos na semana que vem
Da Redação
Publicado em 15 de janeiro de 2015 às 10h23.
Londres - O risco de conflito internacional é agora a maior ameaça a países e empresas nos próximos dez anos, superando preocupações com a economia, destacou o Fórum Econômico Mundial nesta quinta-feira.
A avaliação anual dos riscos globais feita pelo Fórum delineia o cenário para sua reunião em Davos na semana que vem, embora seja baseada em respostas recebidas há alguns meses.
É a primeira vez que a pesquisa tem o conflito como principal fator de risco, refletindo um mundo cada vez mais perigoso.
As nove edições anteriores do relatório Riscos Globais seguiram a tendência de destacar ameaças econômicas, tais como crises fiscais, o colapso dos preços dos ativos e a ampliação das disparidades de renda.
Desta vez a economia ficou em segundo plano, já que cerca de 900 especialistas consultados para a pesquisa demonstraram preocupação com o levante separatista pró-russo na Ucrânia, a dramática expansão do grupo militante Estado Islâmico e outros focos geopolíticas.
"É muito impressionante como os riscos geopolíticos deram um salto muito mais forte do que os outros riscos", disse Margareta Drzeniek Hanouz, a economista-chefe do Fórum Econômico Mundial.
Além do temor de grandes confrontos entre Estados, os meios de travar o conflito estão mudando, com a ascensão de ciberataques transfronteiriços, ataques aéreos e o uso cada vez maior de sanções econômicas.
Desde que a pesquisa vem sendo realizada, o quadro econômico se obscureceu significativamente, com o petróleo caindo abaixo de 50 dólares o barril, a zona do euro cambaleando em meio à deflação e os preços do cobre desabando esta semana, enquanto o Banco Mundial cortava sua previsão de crescimento mundial.
"Nós ainda não estamos fora de perigo em termos da recuperação econômica", disse Margareta.
As preocupações econômicas entre os especialistas não diminuíram ano após ano, mas foram simplesmente sobrepujadas por questões geopolíticas, acrescentou.
Segundo o relatório, outros grandes riscos em termos da probabilidade de ocorrência incluem eventos meteorológicos extremos, o fracasso de Estados e governos e o contínuo desemprego estrutural elevado.
Os principais formadores de opinião do Fórum também classificaram os riscos em termos da escala de seu impacto, em vez de probabilidade.
Com base nisso, crises de abastecimento de água e a rápida propagação de doenças infecciosas aparecem entre os principais perigos.
No conjunto, o estudo de 80 páginas analisou 28 riscos mundiais para os próximos dez anos. O relatório está sendo lançado antes da reunião anual do Fórum Econômico Mundial na estância de esqui suíça de Davos, marcada para os dias 21 a 24 de janeiro, onde os países ricos e poderosos vão avaliar o futuro do planeta.
Ao reunir líderes empresariais, políticos e dirigentes de Bancos Centrais, Davos passou a simbolizar o mundo globalizado moderno dominado por empresas multinacionais de sucesso.
Isso tornou o evento um alvo para os ativistas antiglobalização, embora o Fórum argumente que suas reuniões incluem uma ampla gama de representantes, desde entidades de trabalhadores a líderes religiosos.
Londres - O risco de conflito internacional é agora a maior ameaça a países e empresas nos próximos dez anos, superando preocupações com a economia, destacou o Fórum Econômico Mundial nesta quinta-feira.
A avaliação anual dos riscos globais feita pelo Fórum delineia o cenário para sua reunião em Davos na semana que vem, embora seja baseada em respostas recebidas há alguns meses.
É a primeira vez que a pesquisa tem o conflito como principal fator de risco, refletindo um mundo cada vez mais perigoso.
As nove edições anteriores do relatório Riscos Globais seguiram a tendência de destacar ameaças econômicas, tais como crises fiscais, o colapso dos preços dos ativos e a ampliação das disparidades de renda.
Desta vez a economia ficou em segundo plano, já que cerca de 900 especialistas consultados para a pesquisa demonstraram preocupação com o levante separatista pró-russo na Ucrânia, a dramática expansão do grupo militante Estado Islâmico e outros focos geopolíticas.
"É muito impressionante como os riscos geopolíticos deram um salto muito mais forte do que os outros riscos", disse Margareta Drzeniek Hanouz, a economista-chefe do Fórum Econômico Mundial.
Além do temor de grandes confrontos entre Estados, os meios de travar o conflito estão mudando, com a ascensão de ciberataques transfronteiriços, ataques aéreos e o uso cada vez maior de sanções econômicas.
Desde que a pesquisa vem sendo realizada, o quadro econômico se obscureceu significativamente, com o petróleo caindo abaixo de 50 dólares o barril, a zona do euro cambaleando em meio à deflação e os preços do cobre desabando esta semana, enquanto o Banco Mundial cortava sua previsão de crescimento mundial.
"Nós ainda não estamos fora de perigo em termos da recuperação econômica", disse Margareta.
As preocupações econômicas entre os especialistas não diminuíram ano após ano, mas foram simplesmente sobrepujadas por questões geopolíticas, acrescentou.
Segundo o relatório, outros grandes riscos em termos da probabilidade de ocorrência incluem eventos meteorológicos extremos, o fracasso de Estados e governos e o contínuo desemprego estrutural elevado.
Os principais formadores de opinião do Fórum também classificaram os riscos em termos da escala de seu impacto, em vez de probabilidade.
Com base nisso, crises de abastecimento de água e a rápida propagação de doenças infecciosas aparecem entre os principais perigos.
No conjunto, o estudo de 80 páginas analisou 28 riscos mundiais para os próximos dez anos. O relatório está sendo lançado antes da reunião anual do Fórum Econômico Mundial na estância de esqui suíça de Davos, marcada para os dias 21 a 24 de janeiro, onde os países ricos e poderosos vão avaliar o futuro do planeta.
Ao reunir líderes empresariais, políticos e dirigentes de Bancos Centrais, Davos passou a simbolizar o mundo globalizado moderno dominado por empresas multinacionais de sucesso.
Isso tornou o evento um alvo para os ativistas antiglobalização, embora o Fórum argumente que suas reuniões incluem uma ampla gama de representantes, desde entidades de trabalhadores a líderes religiosos.