Militantes jihadistas: "é tempo de avançar na criação de um novo governo que possa enfrentar a causa da violência no Iraque", disse representante da ONU (AFP)
Da Redação
Publicado em 1 de agosto de 2014 às 15h05.
Bagdá - Os conflitos no Iraque com radicais islâmicos mataram mais de 1.700 pessoas em julho, segundo informações da Organização das Nações Unidos (ONU) publicadas nesta sexta-feira.
O número de mortos, no entanto, caiu em relação ao mês passado, quando os militantes dominaram grandes regiões do norte e oeste do país, incluindo Mosul, segunda maior cidade do Iraque.
"É tempo de avançar na criação de um novo governo que possa enfrentar a causa da violência no Iraque e garantir um desenvolvimento igualitário para todas as comunidades do país", disse o representante da ONU no Iraque, Nickolay Mladenov, em referência às populações curdas, sunitas e xiitas.
A missão da ONU informou que 1.737 pessoas morreram em julho, um dos meses mais violentos do ano, mas com menos mortes do que junho, quando 2.400 pessoas morreram.
Uma das principais autoridades religiosas do Iraque pediu, nesta sexta-feira, para que os políticos cheguem a um consenso sobre o novo governo. "Ninguém deveria se opor a criação de um consenso nacional", disse o Aiatolá Ali al-Sistani.
A declaração é vista como mais uma referência para que o primeiro-ministro Nouri al-Maliki deixe o cargo, que ocupa desde 2006. O político xiita sofre forte oposição desde o surto de violência desencadeado pelos radicais sunitas.
Atentados a bomba também foram registrados nesta sexta-feira. Um carro explodiu em uma movimentada rua comercial de Bagdá, matando sete pessoas e ferindo 16, segundo policiais.
Outro atentado, com a explosão de três bombas, ocorreu na praça central da cidade, matando quatro pessoas e ferindo 12.
Fonte: Dow Jones Newswires.