Membro do exército livre da Síria caminha em uma rua com prédios destruídos em Deir al-Zor (Khalil Ashawi/Reuters)
Da Redação
Publicado em 13 de março de 2013 às 11h23.
Amã - Intensos combates começaram a ocorrer nesta quarta-feira entre Damasco e as colinas do Golã, território sírio ocupado por Israel, no que pode ser uma nova frente de batalha entre as forças do presidente Bashar al-Assad e os rebeldes que tentam derrubá-los, segundo fontes da oposição.
Combatentes rebeldes atacaram um quartel da Guarda Republicana e da Quarta Divisão Mecanizada do Exército, comandada por Maher al-Assad, irmão do presidente, na localidade de Khan Sheih, a 6 quilômetros dos limites da capital, segundo ativistas civis e uma fonte militar da oposição.
Os combates se intensificam três dias depois de rebeldes sunitas atacaram um esquadrão de mísseis na área, matando 30 soldados, a maioria ligados à seita alauíta, de Assad.
Na região há também um campo de refugiados palestinos.
Um ativista de oposição na cidade de Jedeidet, também nos arredores, disse que soldados estacionados em morros com vista para Khan Sheih estão disparando foguetes para tentar expulsar os rebeldes do quartel.
"Contei até 20 explosões em um minuto em Khan Sheih", disse o ativista, que se identificou como Abdo, por telefone à Reuters.
Um comandante rebelde em contato com os combatentes disse que uma força com cerca de mil insurgentes entrou em Khan Sheih, que fica a 25 quilômetros do Golã, território capturado em 1967 por Israel.
Ele disse que os rebeldes também atacaram posições do Exército na cidade de Qunaitra, perto da linha de cessar-fogo com Israel, e mais ao sul, perto do Golã, mas que esses contingentes do governo estavam bem instalados.
"O objetivo é interromper o suprimento para Qunaitra", disse ele, acrescentando que as operações em Khan Sheih têm por objetivo também aliviar a tensão sobre o subúrbio de Daraya, na zona sudoeste de Damasco, onde um bolsão rebelde está há dois meses sitiado pelos militares.