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Confira as datas importantes da corrida armamentista nuclear

Hoje, o presidente americano, Barack Obama, pediu em Hiroshima um mundo sem armas nucleares


	Armas nucleares: em julho de 1945, os americanos testam sua primeira bomba atômica no deserto do Novo México
 (DOE/Time Life Pictures/Getty Images)

Armas nucleares: em julho de 1945, os americanos testam sua primeira bomba atômica no deserto do Novo México (DOE/Time Life Pictures/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 27 de maio de 2016 às 11h26.

O presidente americano, Barack Obama, pediu em Hiroshima um mundo sem armas nucleares. Seguem abaixo as datas-chave do desenvolvimento das armas atômicas no mundo:

- Junho de 1942: alguns meses depois da entrada na Segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos lançam em sigilo o projeto "Manhattan" para desenvolver uma bomba atômica e se oporem, assim, ao programa nuclear da Alemanha nazista.

- Julho de 1945: início da era nuclear. Os americanos testam sua primeira bomba atômica no deserto do Novo México (teste "Trinity").

- Agosto de 1945: no dia 6, a aviação americana lança uma bomba de urânio sobre Hiroshima (oeste) e deixa aproximadamente 140.000 mortos e dezenas de milhares de feridos.

No dia 9, outra bomba atômica, de plutônio, explode sobre Nagasaki (sudoeste), e deixa aproximadamente 70.000 mortos. O Japão se rende seis dias mais tarde.

- Agosto de 1949: a União Soviética, que anunciou em 1947 possuir o segredo da bomba atômica, realiza no Cazaquistão seu primeiro teste nuclear. Em outubro de 1952, a Grã-Bretanha realiza igualmente seu primeiro teste na Austrália.

- Novembro de 1952: os Estados Unidos testam no Pacífico a bomba de hidrogênio, uma bomba de fusão muito mais potente que a de fissão. Menos de um ano mais tarde, os soviéticos se abastecem de uma arma do mesmo tipo, seguidos pelos britânicos em 1957.

- Fevereiro de 1960: a França detona sua primeira bomba nuclear "Gerboise bleue", em Reggane, no deserto argelino. Em outubro de 1964 a China detona, por sua vez, sua primeira bomba atômica e em 1967 a bomba de hidrogênio (ou termonuclear).

- Julho de 1968: em Londres, Moscou e Washington assinam o Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP), que entra em vigor em março de 1970.

A França se converte no quinto membro do clube das grandes potências nucleares, ao detonar sua primeira bomba de hidrogênio na Polinésia francesa.

- Setembro de 1996: é assinado o Tratado de Proibição Completa dos Testes Nucleares (TICE). Mas em 2016 ainda não entrou em vigor.

- Maio de 1998: a Índia (que realizou seu primeiro teste em 1974) e o Paquistão realizam explosões experimentais e se convertem, de fato, na sexta e sétima potências nucleares.

- Outubro de 2006: a Coreia do Norte, que se retirou do TNP em 2003, detona sua primeira bomba atômica. Este teste subterrâneo é seguido por outros três (em maio de 2009, em fevereiro de 2013 e janeiro de 2016) e de muitos disparos de mísseis.

Em dezembro, as autoridades israelenses dão a entender que possuem uma arma nuclear.

- Abril de 2010: Washington e Moscou assinam um novo tratado START, que substitui o de 1991, e prevê uma redução considerável dos arsenais nucleares dos dois países.

- Julho de 2015: o Irã e as grandes potências assinam um acordo histórico que garante o caráter civil do programa nuclear iraniano em troca do fim das sanções internacionais.

Segundo o Instituto Internacional de Estudos para a Paz de Estocolmo (SIPRI), o número de armas nucleares no mundo diminuiu, mas as nove potências nucleares continuam modernizando seus arsenais.

No início de 2015, as ogivas nucleares foram estimadas em 15.850, das quais 4.300 operacionais (contra 22.600, das quais 7.650 operacionais, em 2010). Os Estados Unidos e a Rússia possuem, respectivamente, 7.260 e 7.500, ou seja, 90% do arsenal mundial.

Embora os arsenais do resto dos Estados dotados de armas nucleares sejam consideravelmente menores, os da China (260 ogivas), do Paquistão (entre 100 e 120) e da Índia (entre 90 e 100) seguem aumentando, enquanto Israel (80) testa novos mísseis balísticos de longo alcance.

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