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Confinamento já salvou quase 60.000 vidas na Europa, diz estudo

As iniciativas levadas em consideração são a quarentena, o fechamento de escolas, a proibição de reuniões e as medidas de distanciamento social

Ruas vazias na Alemanha: diversos países da Europa adotaram a quarentena e o isolamento social como medida para prevenção da transmissão do coronavírus (Maja Hitij/Reuters)
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AFP

Publicado em 31 de março de 2020 às 15h38.

Última atualização em 2 de abril de 2020 às 03h13.

O confinamento e outras medidas tomadas para frear o avanço da pandemia de covid-19 salvaram a vida de 59.000 pessoas em 11 países europeus , um número muito superior ao de mortos atualmente, segundo um estudo britânico.

"Com as medidas aplicadas até agora (...) estimamos que tenham evitado a morte de 59.000 pessoas em 11 países até 31 de março", diz o estudo realizado por pesquisadores do Imperial College de Londres, universidade renomada na área médica.

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Estes professores universitários especializados em epidemiologia e matemática criaram um modelo sobre a dinâmica da pandemia na Europa e estimaram como o contágio foi freado com as diferentes medidas aplicadas.

As iniciativas levadas em consideração são a quarentena dos infectados, o fechamento de escolas e universidades, a proibição de reuniões, as medidas de distanciamento social e o confinamento geral.

Trata-se de modelos teóricos que partem do pressuposto de que uma mesma medida tem um impacto comparável nos 11 países europeus estudados.

Na Itália, país europeu mais atingido pela pandemia e o primeiro a decretar medidas rígidas, o impacto foi também o mais forte sendo 38.000 o número de vidas salvas, diante das 11.000 mortes atuais, segundo o estudo.

Depois aparece a Espanha, com 16.000, o dobro dos mortos atuais, e França, com 2.500, em comparação com os mais de 3.000 registrados. Em seguida, aparecem Bélgica (560), Alemanha (550), Reino Unido (370), Suíça (340), Áustria (140), Suécia (82), Dinamarca (69) e Noruega (10).

Ainda assim, os pesquisadores do Imperial College destacam que "muitas outras mortes serão evitadas se as medidas forem mantidas até que a transmissão (da doença), caia para níveis baixos".

O coronavírus já provocou mais de 38.000 mortes e cerca de 790.000 infectados no mundo.

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