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Comunidade internacional condena violência no Egito

Operação das forças de segurança para dispersar partidários de Mohamed Mursi no Egito foi condenada pela comunidade internacional de forma unânime

Fogo em acampamento após a retirada de partidários de Mursi: o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, condenou a intervenção policial (Hassan Mohamed/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 14 de agosto de 2013 às 12h02.

Paris - A comunidade internacional condenou de forma unânime a violenta operação das forças de segurança para dispersar os partidários do presidente islamita destituído Mohamed Mursi .

"A comunidade internacional, liderada pelo Conselho de Segurança da ONU, deve imediatamente passar à ação para cessar com este massacre", exigiu o primeiro-ministro turco islamita Recep Tayyip Erdogan.

O chefe de Estado turco, Abdullah Gul, também classificou a operação de massacre.

"O que aconteceu no Egito , esta intervenção armada contra civis que se manifestam, não pode de maneira alguma ser aceita", afirmou Gul aos jornalistas em Ancara.

A expressão "massacre da população" também foi empregada pelo ministro iraniano das Relações Exteriores, que evocou a possibilidade de uma guerra civil no Egito.

"O Irã acompanha de perto os amargos acontecimentos no Egito condena a matança da população e adverte sobre suas graves consequências", indica o texto publicado pela agência Fars.

O Catar, principal apoio da Irmandade Muçulmana, denunciou com veemência a intervenção da polícia contra "manifestantes pacíficos".

No Ocidente, as condenações à operação foram mais prudentes.

O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon condenou com veemência a intervenção das forças de segurança contra a população egípcia e criticou as autoridades no poder por terem optado pelo uso da força.

"Diante das violências de hoje, o secretário-geral apela a todos os egípcios que concentrem seus esforços na promoção genuína, inclusive na reconciliação", afirmou o porta-voz Martin Nesirky.


A União Europeia convidou as partes envolvidas a exercer a máxima moderação nesta crise.

"Apelo às forças de segurança para exercer máxima moderação e todos os cidadãos egípcios para evitar mais provocações e uma escalada da da violência", declarou a chefe da diplomacia da UE, Catherine Ashton.

O chefe da diplomacia britânico, William Hague, também condenou o uso da força no Egito.

"Estou muito preocupado com a escalada de violência e a instabilidade no Egito", indicou o ministro das Relações Exteriores.

"Condeno o uso da força para dispersar as manifestações e peço às forças de segurança que atuem com moderação".

A França também advertiu contra o uso desproporcional da força e pediu calma, enquanto Berlim defendeu "a retomada imediata das negociações" para evitar "um derramamento de sangue".

Na terça-feira, o governo dos Estados Unidos havia pedido às autoridades egípcias que autorizassem as manifestações dos simpatizantes de Mursi, pelo temor de uma explosão da violência.

Washington, que concede ao Cairo uma ajuda de 1,5 bilhão de dólares por ano, principalmente militar, mantém relações estreitas com os militares do país, mas defende a convocação rápida de novas eleições.

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Paris - A comunidade internacional condenou de forma unânime a violenta operação das forças de segurança para dispersar os partidários do presidente islamita destituído Mohamed Mursi .

"A comunidade internacional, liderada pelo Conselho de Segurança da ONU, deve imediatamente passar à ação para cessar com este massacre", exigiu o primeiro-ministro turco islamita Recep Tayyip Erdogan.

O chefe de Estado turco, Abdullah Gul, também classificou a operação de massacre.

"O que aconteceu no Egito , esta intervenção armada contra civis que se manifestam, não pode de maneira alguma ser aceita", afirmou Gul aos jornalistas em Ancara.

A expressão "massacre da população" também foi empregada pelo ministro iraniano das Relações Exteriores, que evocou a possibilidade de uma guerra civil no Egito.

"O Irã acompanha de perto os amargos acontecimentos no Egito condena a matança da população e adverte sobre suas graves consequências", indica o texto publicado pela agência Fars.

O Catar, principal apoio da Irmandade Muçulmana, denunciou com veemência a intervenção da polícia contra "manifestantes pacíficos".

No Ocidente, as condenações à operação foram mais prudentes.

O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon condenou com veemência a intervenção das forças de segurança contra a população egípcia e criticou as autoridades no poder por terem optado pelo uso da força.

"Diante das violências de hoje, o secretário-geral apela a todos os egípcios que concentrem seus esforços na promoção genuína, inclusive na reconciliação", afirmou o porta-voz Martin Nesirky.


A União Europeia convidou as partes envolvidas a exercer a máxima moderação nesta crise.

"Apelo às forças de segurança para exercer máxima moderação e todos os cidadãos egípcios para evitar mais provocações e uma escalada da da violência", declarou a chefe da diplomacia da UE, Catherine Ashton.

O chefe da diplomacia britânico, William Hague, também condenou o uso da força no Egito.

"Estou muito preocupado com a escalada de violência e a instabilidade no Egito", indicou o ministro das Relações Exteriores.

"Condeno o uso da força para dispersar as manifestações e peço às forças de segurança que atuem com moderação".

A França também advertiu contra o uso desproporcional da força e pediu calma, enquanto Berlim defendeu "a retomada imediata das negociações" para evitar "um derramamento de sangue".

Na terça-feira, o governo dos Estados Unidos havia pedido às autoridades egípcias que autorizassem as manifestações dos simpatizantes de Mursi, pelo temor de uma explosão da violência.

Washington, que concede ao Cairo uma ajuda de 1,5 bilhão de dólares por ano, principalmente militar, mantém relações estreitas com os militares do país, mas defende a convocação rápida de novas eleições.

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