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Combate de tráfico de armas entre EUA e México é prejudicado

A falta de cooperação entre autoridades dos dois países tem prejudicado os esforços para combater o comércio ilegal de armas dos EUA para o México


	Fronteira entre os EUA e o México: relatório também criticou as agências do setor de segurança norte-americanas
 (John Moore/Getty Images)

Fronteira entre os EUA e o México: relatório também criticou as agências do setor de segurança norte-americanas (John Moore/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 11 de janeiro de 2016 às 19h48.

Culiacán - Esforços para combater o comércio ilegal de armas dos Estados Unidos para o México têm sido prejudicados nos últimos anos em meio à falta de cooperação entre autoridades dos dois lados, de acordo com um relatório divulgado nesta segunda-feira por uma agência federal de fiscalização dos EUA.

O relatório do Escritório de Responsabilidade do Governo (GAO), finalizado depois da recente prisão do traficante de drogas mexicano Joaquín “El Chapo” Guzmán e visto pela Reuters antes da divulgação oficial de segunda-feira, também criticou as agências do setor de segurança norte-americanas por não assegurar que agentes trabalhem juntos de forma efetiva para lutar contra o contrabando de armas pelos cartéis de drogas do México.

Desentendimentos entre autoridades norte-americanas e mexicanas por conta de Guzmán atraíram grande atenção para o tema da cooperação. O México, que se recusou a extraditar o traficante para os EUA quando ele foi preso em 2014, estava formalmente iniciando os procedimentos de extradição contra ele depois da sua recaptura.

“Esforços para conter o tráfico de armas de fogo entre os EUA e o México foram reduzidos uma vez que o governo do presidente mexicano Enrique Peña Nieto reconsiderou a cooperação bilateral em segurança”, afirmou o documento, divulgado primeiro pela Reuters, que cita autoridades dos EUA e do México.

O México restringiu bastante a venda de armas, mas o fluxo de armas norte-americanas para o sul ajudaram a alimentar os confrontos entre gangues de traficantes e forças de segurança, que mataram mais de cem mil pessoas desde 2007.

Especialistas dizem que o trabalho para reprimir o fluxo de armas para o sul teve pouco sucesso, citando a operação em que agentes norte-americanos perderam o paradeiro de armas que entraram no México entre 2009 e 2011.

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