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Com lei de saúde em xeque, republicanos exigem mudanças

O líder da maioria no Senado dos EUA, Mitch McConnel, abandonou na terça-feira planos para que o projeto de lei fosse aprovado nesta semana

Saúde: comitê previu que o projeto de lei existente levaria cerca de 22 milhões de pessoas a perderem seus seguros-saúde em 10 anos (Kevin Lamarque/File Photo/Reuters)
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Reuters

Publicado em 28 de junho de 2017 às 21h51.

Washington - Líderes republicanos do Senado dos Estados Unidos enfrentaram nesta quarta-feira reclamações de críticos dentro do partido por mudanças substanciais, em vez de meros remendos, em uma grande proposta de lei de saúde, caso queiram salvar seus esforços para revogar importantes partes da lei Obamacare.

Em um grande retrocesso à tentativa republicana de sete anos de revogar a realização legislativa do ex-presidente democrata Barack Obama, o líder da maioria no Senado dos EUA, Mitch McConnel, abandonou na terça-feira planos para que o projeto de lei fosse aprovado nesta semana.

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McConnel, com sua reputação de grande estrategista em risco, adiou uma votação até após o recesso do Dia da Independência na semana que vem, após se tornar aparente que não conseguiria reunir os 50 votos necessários para aprovação.

Reconhecendo demandas de colegas republicanos por mais contribuições para reformular a legislação, McConnel disse no Senado que "senadores terão mais oportunidades para oferecer seus pensamentos, à medida que trabalhamos em direção a um acordo".

McConnel se encontrou com diversos senadores republicanos em seu escritório, incluindo alguns que haviam criticado o projeto de lei.

John Cornyn, republicano número 2 no Senado, disse que a liderança do partido irá conversar com todos os senadores republicanos que expressaram preocupações ou estão indecisos sobre o projeto de lei.

Cornyn disse a repórteres que seria "ótimo" ter mudanças na legislação elaboradas até sexta-feira, para que uma nova versão possa ser analisada pelo não partidário Escritório de Orçamentos do Congresso (CBO).

O CBO previu na segunda-feira que o projeto de lei existente levaria cerca de 22 milhões de pessoas a perderem seus seguros-saúde durante uma década, enquanto cortaria o déficit federal em 321 bilhões de dólares durante esse período. A perspectiva de que tantas pessoas percam seguros é desagradável para moderados.

Com democratas unidos contra o projeto de lei e republicanos controlando o Senado por uma estreita margem de 52 a 48, McConnel pode perder somente dois senadores republicanos para assegurar a aprovação, com o vice-presidente dos EUA, Mike Pence, capaz de dar um voto de desempate.

Ao menos nove senadores republicanos - incluindo moderados, conservadores linhas-duras e outros - expressaram oposição ao projeto de lei em sua forma atual.

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