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Colômbia diz que paz com Farc é "agora ou nunca"

Presidente Juan Manuel Santos advertiu que, quando perceber que a negociação é infrutífera, vai terminá-la e buscar o fim do conflito por meios militares

Soldado colombiano patrulha a rodovia que liga  San Vicente del Caguan a sua base militar, em Caquetá, Colômbia  (Carlos Villalon/Getty Images)

Soldado colombiano patrulha a rodovia que liga San Vicente del Caguan a sua base militar, em Caquetá, Colômbia (Carlos Villalon/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 5 de agosto de 2013 às 16h48.

Bogotá - O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, disse nesta segunda-feira que o momento para alcançar a paz com as Farc é "agora ou nunca" e advertiu que, quando perceber que a negociação é infrutífera, vai terminá-la para evitar uma oxigenação da guerrilha e buscar o fim do conflito por meios militares.

A um ano do fim de seu primeiro mandato, Santos disse que as negociações com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) para acabar com cinco décadas de conflito, que deixou mais de 200 mil mortos, estão "indo bem", mas admitiu que deveriam ser aceleradas.

"Eu continuo otimista, eu estava desde o primeiro dia. Quando eu vir que isso não tem futuro, que não há vontade da outra parte, que isso realmente não vai a lugar nenhum, neste dia eu me levanto da mesa e as negociações acabam", disse Santos em entrevista à rádio Caracol.

"Continuo cautelosamente otimista, entre outras coisas porque para a guerrilha não há alternativa. Se não houver paz agora, o trem parte. Acredito que um processo de paz em alguns anos é muito difícil, entre outras coisas porque a guerrilha está envelhecendo...este é o momento, é agora ou nunca", acrescentou.

As negociações com as Farc começaram em novembro de 2012, em Cuba, e até agora as partes só chegaram a um acordo parcial para questões agrícolas. Atualmente são discutidas as garantias para que os líderes e militantes do grupo rebelde participem da política.

O governo e a guerrilha, que tem cerca de 8 mil combatentes, também deverão tratar no processo, no qual têm mostrado posições radicalmente opostas, o fim do conflito, o tráfico de drogas e a compensação das vítimas.

Embora no início da negociação o presidente, um economista de 61 anos educado nos Estados Unidos e na Inglaterra, tenha dito que o processo levaria meses e não anos, o que foi interpretado que o prazo seria novembro de 2013, ele admitiu agora a possibilidade de ampliação.

"As datas fatais nestes processos são inconvenientes, não há uma data limite, mas o ideal é que em novembro, antes de eu decidir se vou ou não concorrer à reeleição, tenhamos terminado essas negociações", disse.

Santos admitiu a possibilidade de buscar a reeleição em 2014 para tentar dar continuidade às suas políticas, incluindo as negociações de paz com a guerrilha.

Apesar das negociações de paz com as Farc, o combate entre militares e guerrilheiros continua, assim como os bombardeios aos acampamentos dos rebeldes na selva, por isso muitos colombianos duvidam que o processo permita pôr fim ao conflito.

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