Coelho diz que Portugal não terá fim de Grécia e Chipre
Em um tumultuado debate na Assembleia Legislativa, o primeiro-ministro luso, Pedro Passos Coelho, escutou duras críticas dos dois partidos marxistas do Parlamento
Da Redação
Publicado em 22 de março de 2013 às 17h24.
Lisboa - O primeiro-ministro luso, Pedro Passos Coelho, rejeitou nesta sexta-feira dois pedidos de renúncia, assim como o anúncio de uma moção de censura por suas políticas de austeridade, e assegurou que não mudará para evitar que Portugal "acabe como Chipre e Grécia".
Em um tumultuado debate na Assembleia Legislativa, o líder conservador escutou duras críticas dos dois partidos marxistas do Parlamento, que pediram sem sucesso sua renúncia, e dos socialistas, que pela primeira vez desde que perderam o poder, há pouco menos de dois anos, anunciaram a apresentação de uma moção de censura.
No entanto, o primeiro-ministro luso, que conseguiu se manter no cargo devido à maioria absoluta no congresso, assegurou que "não vacilará" em sua decisão de reestruturar as finanças de seu país.
"Não faremos qualquer alteração de fundo estrutural que nos coloque na mesma situação que a Grécia e que o Chipre; nunca, por vontade deste Governo, o país acabará desta forma", afirmou Passos Coelho.
"Se o PS (Partido Socialista) estivesse no Governo de Portugal não cumpriria com suas obrigações", declarou o primeiro-ministro luso, ao contestar os ataques da principal formação de oposição.
Passos Coelho admitiu que nem tudo saiu como o previsto no programa de resgate financeiro concedido a Portugal pela UE e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) em maio de 2011, um mês antes de sua vitória eleitoral, e reconheceu a gravidade da questão desemprego, que chegará este ano a 18%, e a contínua queda do PIB luso.
Posteriormente, Passos Coelho culpou o anterior Executivo socialista pelos desequilíbrios nas contas do Estado e, consequentemente, pela crise e pelo endividamento que o país vive atualmente.
Por outro lado, a oposição lhe acusou de executar uma política econômica equivocada, baseada somente em cortes orçamentários e austeridade, que não alcançou cumprir as previsões de redução do déficit fiscal e de reativação da economia.
"Seu tempo acabou, o senhor e seu Governo estão esgotados e, por isso, devem sair", espetou o líder dos socialistas António José Seguro, que lhe acusou de não escutar as reivindicações da população e de estar "divorciado dos portugueses".
O Partido Comunista (PCP) e o Bloco de Esquerda (BI), quarta e quinta forças do Parlamento, respectivamente, tentaram sem sucesso aprovar o pedido renúncia de Passos Coelho e anunciaram que respaldarão, quando for apresentada formalmente, a moção de censura do PS.
Lisboa - O primeiro-ministro luso, Pedro Passos Coelho, rejeitou nesta sexta-feira dois pedidos de renúncia, assim como o anúncio de uma moção de censura por suas políticas de austeridade, e assegurou que não mudará para evitar que Portugal "acabe como Chipre e Grécia".
Em um tumultuado debate na Assembleia Legislativa, o líder conservador escutou duras críticas dos dois partidos marxistas do Parlamento, que pediram sem sucesso sua renúncia, e dos socialistas, que pela primeira vez desde que perderam o poder, há pouco menos de dois anos, anunciaram a apresentação de uma moção de censura.
No entanto, o primeiro-ministro luso, que conseguiu se manter no cargo devido à maioria absoluta no congresso, assegurou que "não vacilará" em sua decisão de reestruturar as finanças de seu país.
"Não faremos qualquer alteração de fundo estrutural que nos coloque na mesma situação que a Grécia e que o Chipre; nunca, por vontade deste Governo, o país acabará desta forma", afirmou Passos Coelho.
"Se o PS (Partido Socialista) estivesse no Governo de Portugal não cumpriria com suas obrigações", declarou o primeiro-ministro luso, ao contestar os ataques da principal formação de oposição.
Passos Coelho admitiu que nem tudo saiu como o previsto no programa de resgate financeiro concedido a Portugal pela UE e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) em maio de 2011, um mês antes de sua vitória eleitoral, e reconheceu a gravidade da questão desemprego, que chegará este ano a 18%, e a contínua queda do PIB luso.
Posteriormente, Passos Coelho culpou o anterior Executivo socialista pelos desequilíbrios nas contas do Estado e, consequentemente, pela crise e pelo endividamento que o país vive atualmente.
Por outro lado, a oposição lhe acusou de executar uma política econômica equivocada, baseada somente em cortes orçamentários e austeridade, que não alcançou cumprir as previsões de redução do déficit fiscal e de reativação da economia.
"Seu tempo acabou, o senhor e seu Governo estão esgotados e, por isso, devem sair", espetou o líder dos socialistas António José Seguro, que lhe acusou de não escutar as reivindicações da população e de estar "divorciado dos portugueses".
O Partido Comunista (PCP) e o Bloco de Esquerda (BI), quarta e quinta forças do Parlamento, respectivamente, tentaram sem sucesso aprovar o pedido renúncia de Passos Coelho e anunciaram que respaldarão, quando for apresentada formalmente, a moção de censura do PS.