Rebeldes com a bandeira da Líbia: CNT continua trabalhando na transição do país (Ahmad al-Rubaye/AFP)
Da Redação
Publicado em 31 de outubro de 2011 às 16h56.
Trípoli - O intelectual e homem de negócios Abdel Raheem Elkib foi eleito novo chefe do governo líbio de transição após a votação realizado pelo Conselho Nacional de Transição (CNT), segundo constatou a Agência Efe.
Na votação, realizada à tarde em Trípoli, Elkib, que se apresentou junto com outros cinco candidatos, obteve o apoio de 26 dos 51 membros do CNT, o órgão que se encarregou de representar os interesses políticos dos revolucionários líbios que no último dia 17 de fevereiro se rebelaram contra o regime do coronel Muammar Kadafi.
No Mapa de Caminho que o CNT divulgou no último dia 31 de agosto, quando Trípoli caiu nas mãos dos revolucionários, foi sugerido que um novo governo não poderia ser formado até a libertação total da Líbia - o que todos consideram ter acontecido no dia 20 de outubro, quando Kadafi e seu filho Mutassim foram presos e executados pelos revolucionários.
No dia 23 de outubro, o presidente do CNT, Mustafa Abdel Jalil, proclamou oficialmente a 'libertação da Líbia' em uma grande cerimônia em Benghazi.
Na ocasião, os dirigentes do CNT indicaram também seu desejo de prosseguir com o processo de mudanças anunciado no Mapa do Caminho e ressaltaram que a Líbia será regida regerá pela 'sharia' (lei islâmica).
Por outro lado, a Otan anunciou hoje que conclui sua operação militar na Líbia nesta meia-noite, sete meses após seu início.
O secretário-geral aliado, Anders Fogh Rasmussen, que viajou hoje a Trípoli destacou em entrevista coletiva que a Otan não quer se envolver nas questões internas da Líbia.
'A Otan executou uma missão que lhe foi encomendada pelas Nações Unidas para salvar vidas civis. Essa missão acaba esta noite. A partir de agora, (os líbios) devem traçar seu futuro e a partir de amanhã serão as novas autoridades as encarregadas das operações de segurança', concluiu Rasmussen.