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CIDH instala grupo para investigar direitos humanos na Nicarágua

CIDH, que há uma semana faz verificações no país, exigi fim das repressões, desmantelamento dos grupos armados ilegais e respeito ao direito dos presos

Nicarágua: foram mais de 220 mortos nos dois meses e meio de protestos contra o presidente Daniel Ortega (Oswaldo Rivas/Reuters)

Nicarágua: foram mais de 220 mortos nos dois meses e meio de protestos contra o presidente Daniel Ortega (Oswaldo Rivas/Reuters)

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AFP

Publicado em 3 de julho de 2018 às 20h16.

A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) instalou nesta terça-feira (3) um grupo de especialistas com trajetória reconhecida que investigará violações de direitos humanos na onda de violência que deixa mais de 220 mortos na Nicarágua em dois meses e meio de protestos contra o presidente Daniel Ortega.

"Nosso compromisso é com as vítimas (...) para além de quem sejam os perpetradores", disse o italiano Amérigo Incalcaterra, do Grupo Interdisciplinar de Especialistas Independentes (GIEI) da CDIH ao ler um comunicado à imprensa.

O GIEI começou imediatamente seus trabalhos e terá um mandato de seis meses prorrogáveis e se ocupará de apoiar "as investigações dos atos de violência" e recomendar ações de reparação às vítimas e familiares, apontou a nota.

A CIDH que há uma semana faz verificações na Nicarágua exigiu o fim das repressões, o desmantelamento dos grupos armados ilegais e o respeito ao direito dos presos.

Enquanto o secretário-executivo da CIDH, o brasileiro Pablo Abrao, instalou o GIEI em Manágua, a tropa de choque e grupos paramilitares adentravam em cidades de Estelí, no norte do país.

A violência deixou mais de 1.500 feridos e quase 500 foram presos, muitos arbitrariamente, segundo a CIDH.

Além do Incalcaterra, ex-representante regional do Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, o GIEI é composto pela ex-secretária guatemalteca Claudia Paz y Paz, a socióloga peruana Sofía Macher e o promotor argentino Pablo Parenti.

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