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China tem 1,339 bilhão de habitantes

Última década teve um aumento de 73,9 milhões no número de chineses

Estudantes chineses: política do "filho único" impediu 400 milhões de nascimentos (AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de abril de 2011 às 11h53.

Pequim - A China, o país de maior população do mundo, anunciou nesta quinta-feira que no fim de 2010 tinha 1,339 bilhão de habitantes, uma população que cada vez é mais longeva e urbana.

Segundo o último censo, que evidenciou a persistência de um forte desequilíbrio entre os sexos - os homens são maioria -, a população chinesa aumentou em 73,9 milhões de habitantes na década que terminou no ano passado.

O aumento registrado entre 2000 e 2010 é equivalente à população da Turquia e superior às de França ou Grã-Bretanha.

Segundo o Escritório Nacional de Estatísticas (BNS), a população chinesa em 2000 era de 1,265 bilhão de pessoas. Em 1953, quando foi realizado o primeiro censo, o país tinha apenas 594 milhões de habitantes.

O censo, um verdadeiro quebra-cabeças para um vasto país como a China - que mobilizou mais de 10 milhões de agentes -, destacou a aceleração do envelhecimento da população: 13,26% dos chineses têm agora mais de 60 anos, contra 10,33% em 2000.

O envelhecimento é preocupante: ainda há poucas pessoas com aposentadorias razoáveis, os asilos e centros médicos sãos insuficientes e os filhos cuidam cada vez menos de pais cada vez mais idosos.


O censo destaca ainda que os cidadãos urbanos chineses representam 665 milhões de pessoas, 13,46% a mais que há 10 anos, enquanto a população "flutuante" de migrantes, que vive principalmente nas cidades, representa mais de 221 milhões de habitantes.

O grande fluxo de população nas cidades implica uma série de enormes desafios de infraestruturas, transporte, fornecimento de energia e tratamento de resíduos, principalmente.

O censo também confirma o desequilíbrio de nascimentos entre sexos na última década, com 100 meninas para cada 118,06 meninos.

Os homens representam mais de 51% da população chinesa, enquanto na maioria dos países as mulheres são maioria.

Na China, o herdeiro homem continua sendo o preferido. Os abortos seletivos e a falta de registro de nascimentos de meninas continuam frequentes.

"A cifra de 118,06 meninos está acima do normal. A China deve adotar medidas mais firmes, tratar melhor a infância do sexo feminino e dar empregos melhores e salários melhores às mulheres", declarou um dos diretores do BNS, Ma Jiantang.

A China aplica desde os anos 80 uma política rígida denominada "filho único", com exceção de certos grupos ou minorias étnicas. O governo alega que esta medida impediu 400 milhões de nascimentos.

O presidente chinês, Hu Jintao, anunciou esta semana que a política de restrição de nascimentos será mantida.

Um estudo publicado ano passado destacou que mais de 24 milhões de homens podem ficar sem esposa até 2020 em consequência do desequilíbrio.

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Pequim - A China, o país de maior população do mundo, anunciou nesta quinta-feira que no fim de 2010 tinha 1,339 bilhão de habitantes, uma população que cada vez é mais longeva e urbana.

Segundo o último censo, que evidenciou a persistência de um forte desequilíbrio entre os sexos - os homens são maioria -, a população chinesa aumentou em 73,9 milhões de habitantes na década que terminou no ano passado.

O aumento registrado entre 2000 e 2010 é equivalente à população da Turquia e superior às de França ou Grã-Bretanha.

Segundo o Escritório Nacional de Estatísticas (BNS), a população chinesa em 2000 era de 1,265 bilhão de pessoas. Em 1953, quando foi realizado o primeiro censo, o país tinha apenas 594 milhões de habitantes.

O censo, um verdadeiro quebra-cabeças para um vasto país como a China - que mobilizou mais de 10 milhões de agentes -, destacou a aceleração do envelhecimento da população: 13,26% dos chineses têm agora mais de 60 anos, contra 10,33% em 2000.

O envelhecimento é preocupante: ainda há poucas pessoas com aposentadorias razoáveis, os asilos e centros médicos sãos insuficientes e os filhos cuidam cada vez menos de pais cada vez mais idosos.


O censo destaca ainda que os cidadãos urbanos chineses representam 665 milhões de pessoas, 13,46% a mais que há 10 anos, enquanto a população "flutuante" de migrantes, que vive principalmente nas cidades, representa mais de 221 milhões de habitantes.

O grande fluxo de população nas cidades implica uma série de enormes desafios de infraestruturas, transporte, fornecimento de energia e tratamento de resíduos, principalmente.

O censo também confirma o desequilíbrio de nascimentos entre sexos na última década, com 100 meninas para cada 118,06 meninos.

Os homens representam mais de 51% da população chinesa, enquanto na maioria dos países as mulheres são maioria.

Na China, o herdeiro homem continua sendo o preferido. Os abortos seletivos e a falta de registro de nascimentos de meninas continuam frequentes.

"A cifra de 118,06 meninos está acima do normal. A China deve adotar medidas mais firmes, tratar melhor a infância do sexo feminino e dar empregos melhores e salários melhores às mulheres", declarou um dos diretores do BNS, Ma Jiantang.

A China aplica desde os anos 80 uma política rígida denominada "filho único", com exceção de certos grupos ou minorias étnicas. O governo alega que esta medida impediu 400 milhões de nascimentos.

O presidente chinês, Hu Jintao, anunciou esta semana que a política de restrição de nascimentos será mantida.

Um estudo publicado ano passado destacou que mais de 24 milhões de homens podem ficar sem esposa até 2020 em consequência do desequilíbrio.

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