China proíbe velórios e enterros após mortes por coronavírus
Segundo as autoridades, os restos mortais dos infectados pelo novo coronavírus terão que ser cremados em uma funerária perto do local onde se encontram
EFE
Publicado em 2 de fevereiro de 2020 às 14h58.
Xangai - Os mortos pelo coronavírus não podem ser enterrados onde seus parentes desejam ou mesmo terão direito a uma cerimônia de despedida, depois que o governo da China emitiu neste domingo (2) um protocolo rigoroso para o tratamento de cadáveres, como parte de seus esforços para controlar o surto.
Os restos mortais dos infectados pelo novo coronavírus terão que ser cremados em uma funerária designada e perto do local onde se encontram, não serão transportados entre diferentes regiões e não serão preservados por sepultamento ou outros meios, diz um protocolo emitido pela Comissão Nacional de Saúde, Ministério dos Assuntos Civis e Ministério da Segurança Pública.
As tradições fúnebres, como uma cerimônia de despedida, são proibidas e os corpos devem ser desinfetados e colocados em um saco selado por trabalhadores médicos e não podem ser abertos após a vedação.
As funerárias devem enviar pessoal e veículos especiais para entregar os corpos de acordo com a rota designada, e esses devem ser cremados em crematórios designados, segundo a diretriz.
Segundo os dados mais recentes, o número de mortes aumentou hoje para 305 (46 a mais que no sábado), enquanto o número de infectados com a doença no território chinês está em 14.380.
Até agora, todos as mortes haviam ocorrido na China. Mas hoje houve a confirmação que um homem de nacionalidade chinesa morreu ontem nas Filipinas, para onde viajara de Wuhan, epicentro do novo coronavírus.