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China defende Constituinte e critica interferência na Venezuela

A China é um dos sócios comerciais mais importantes da Venezuela, país que chegou a ser o principal destino dos investimentos chineses na América Latina

China: pediu que não intervenham nesse e em outros assuntos internos da Venezuela (Fabrizio Bensch/Reuters)

China: pediu que não intervenham nesse e em outros assuntos internos da Venezuela (Fabrizio Bensch/Reuters)

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EFE

Publicado em 3 de agosto de 2017 às 07h54.

Pequim - O governo da China assegurou que a votação para a Assembleia Nacional Constituinte no último domingo na Venezuela foi realizada "de forma estável em geral" e pediu a outros países que não intervenham nesse e em outros assuntos internos do país latino-americano.

"A China sempre segue o princípio de não intervenção nos assuntos internos de outros países e defende que haja igualdade e respeito entre as nações, sem interferir em temas internos", advertiu o Ministério das Relações Exteriores chinês em um comunicado publicado na noite de quarta-feira.

"A eleição Constituinte na Venezuela se desenvolveu de forma estável em geral e notamos as reações de cada parte", acrescentou o governo chinês na nota, na qual não mencionou os episódios de violência ocorridos durante as eleições e as acusações de manipulação de resultados.

No comunicado, o ministério chinês expressou seu desejo de que o governo e a oposição venezuelanos "possam ter um diálogo pacífico segundo a lei e resolvam suas questões para manter a estabilidade do país e o desenvolvimento da economia e da sociedade".

"A China acredita que o governo da Venezuela e seu povo serão capazes de resolver seus assuntos internos, pois construir um país estável e desenvolvido corresponde aos interesses de todas as partes", concluiu Pequim em sua nota diplomática.

Os Estados Unidos decidiram impor sanções ao governo do presidente Nicolás Maduro um dia depois das eleições da Constituinte e a União Europeia anunciou nesta quarta-feira que não reconhecia a Assembleia Constituinte e advertiu que intensificaria sua resposta se "os princípios democráticos" continuarem sendo "solapados" no país sul-americano.

Desde a última década, a China é um dos sócios comerciais mais importantes da Venezuela, país que chegou a ser o principal destino dos investimentos chineses na América Latina, dado o especial interesse do regime comunista no petróleo venezuelano.

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