O novo regime econômico liderado por Raúl Castro permitirá a integração com a iniciativa privada (Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 19 de abril de 2011 às 06h18.
Pequim - O Governo chinês manifestou nesta terça-feira seu apoio ao plano de reformas econômicas aprovado pelo 6º Congresso do Partido Comunista de Cuba, assegurando que estas "terão grande importância para o desenvolvimento" da ilha, que conseguirá com sucesso "construir um socialismo com características cubanas".
"Trata-se de uma reunião muito importante para Cuba, dado que o país entrou em um ponto crucial de desenvolvimento", assinalou em entrevista coletiva o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Hong Lei, assegurando que o congresso "terá uma grande influência a longo prazo".
A China "acredita que sob a liderança do Partido Comunista de Cuba o povo cubano superará toda classe de dificuldades no caminho em direção ao desenvolvimento", acrescentou o porta-voz, que também informou que o Partido Comunista da China mandou uma carta de felicitação para o seu par caribenho pela realização da reunião.
As reformas econômicas cubanas, similares às iniciadas pela China há mais de 30 anos sob a batuta de Deng Xiaoping, buscam "garantir a continuidade e a irreversibilidade do socialismo", segundo a resolução do 6º Congresso.
Entre as reformas aprovadas estão medidas para promover o investimento estrangeiro, as cooperativas, os arrendamentos, os trabalhadores autônomos e outras atividades econômicas que ajudem o desenvolvimento da ilha, o primeiro país latino-americano a iniciar relações bilaterais com o regime comunista chinês.
Além desta tímida abertura rumo à iniciativa privada, a reforma procura cortar o excesso de funcionários públicos, assim como dar maior autonomia às empresas de propriedade estatal.