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China ameaça Taiwan com invasão se ilha tentar declarar independência

Ministro da Defesa chinês, Dong Jun, advertiu neste domingo que o seu país 'agirá com determinação e força' para impedir que isso aconteça

Investidores estão fugindo da China. E isso poderia beneficiar o Brasil (Thomas Peter/Reuters)
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 2 de junho de 2024 às 11h50.

O ministro da Defesa chinês, Dong Jun, advertiu neste domingo que o seu país "agirá com determinação e força" para impedir a independência de Taiwan, ao mesmo tempo que pediu mais comunicação militar com os Estados Unidos.

Dong fez os comentários em um discurso no Diálogo Shangri-La em Singapura, um fórum de segurança onde se encontrou com o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, na sexta-feira.

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— O Exército de Libertação Popular sempre foi uma força indestrutível e poderosa na defesa da unificação da pátria mãe e agirá com determinação e força em todos os momentos para impedir a independência de Taiwan — declarou Dong.

A China realizou exercícios militares em torno de Taiwan na semana passada, alertando para uma guerra na ilha autônoma após a recente chegada ao poder do presidente Lai Ching-te, a quem Pequim chama de "separatista perigoso".

— Quem ousar separar Taiwan da China será esmagado e sofrerá a sua própria destruição — disse Dong.

Mais negociações

A questão é um dos focos de discórdia com Washington, apesar de o ministro ter destacado o seu interesse em uma maior aproximação militar com os Estados Unidos.

— Sempre estivemos abertos a negociações e cooperação, mas isso exige que os dois lados se encontrem no meio do caminho — acrescentou Dong. — Acreditamos que precisamos de mais negociações justamente porque há diferenças entre as nossas Forças Armadas.

Dong e Austin reuniram-se durante mais de uma hora no hotel onde acontece o fórum, no qual participam autoridades de defesa de todo o mundo e que se tornou um termômetro das relações entre a China e os Estados Unidos.

Após a reunião, Austin comentou que "nos próximos meses" as negociações entre os comandantes militares dos Estados Unidos e da China serão retomadas, enquanto Pequim destacou as relações de segurança entre os países como "estabilizadoras".

No entanto, Dong abordou outra questão controversa com os Estados Unidos, defendendo a sua reivindicação de soberania no Mar do Sul da China e rejeitando o envio de mísseis balísticos americanos para a região Ásia-Pacífico.

— A China tem mantido moderação suficiente face às violações de direitos e às provocações, mas isso tem os seus limites — disse Dong, referindo-se ao envio de mísseis para as Filipinas, que são um aliado fundamental dos EUA no seu esforço para fortalecer suas relações na região Ásia-Pacífico, o que irrita a China.

O Exército americano anunciou em abril que enviaria um sistema de mísseis de médio alcance para o norte das Filipinas para exercícios militares conjuntos anuais.

De acordo com Dong, o envio de "mísseis balísticos de médio alcance" está "prejudicando seriamente a segurança e a estabilidade regional". Ele alertou sobre os "limites" da moderação de Pequim no Mar do Sul da China após uma série de confrontos entre navios chineses e filipinos perto de recifes disputados.

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