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Chefes de governo da Sérvia e Albânia discutem sobre Kosovo

Os primeiros-ministros dos países deixaram transparecer suas divergências sobre o Kosovo, ex-província sérvia que proclamou independência

Os primeiros-ministros sérvio, Aleksandar Vucic (e), e albanês, Edi Rama (ANDREJ ISAKOVIC/AFP)

Os primeiros-ministros sérvio, Aleksandar Vucic (e), e albanês, Edi Rama (ANDREJ ISAKOVIC/AFP)

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Da Redação

Publicado em 10 de novembro de 2014 às 12h20.

Belgrado - Os primeiros-ministros sérvio, Aleksandar Vucic, e albanês, Edi Rama, deixaram transparecer nesta segunda-feira em frente às câmeras de televisão suas divergências sobre o Kosovo, ex-província sérvia que proclamou independência em 2008.

Durante uma coletiva de imprensa conjunta por ocasião da primeira visita de um chefe de governo albanês em 68 anos em Belgrado, Vucic denunciou uma "provocação" quando Rama abordou a questão do Kosovo, pedindo à Sérvia que reconheça a "realidade irreversível" da independência desta ex-província sérvia, majoritariamente albanesa.

"Não esperava esta provocação da parte de Rama, de falar do Kosovo, porque não sei o que ele tem a ver com o Kosovo. Tenho de responder a ele, porque eu não vou permitir que alguém humilhe a Sérvia em Belgrado", disse Vucic contendo sua raiva.

"Nos termos da Constituição, o Kosovo faz parte da Sérvia e não tem nada a ver com a Albânia e nunca terá nada a ver", disse.

"Minha missão é dizer que ninguém vai humilhar a Sérvia", frisou o primeiro-ministro sérvio, observando que a questão do Kosovo não estava na agenda oficial das negociações.

Mais cedo, em declarações à imprensa, Rama lembrou que "o Kosovo independente" foi reconhecido por mais de 100 países, incluindo os Estados Unidos e a maioria dos países membros da União Europeia.

"Esta é uma realidade irreversível e esta realidade deve ser respeitada", declarou antes de o seu colega sérvio ouvir, chocado, a tradução.

"A independência do Kosovo fez dos Bálcãs uma região mais estável e pacífica", considerou o chefe do Governo albanês.

Ele também pediu respeito aos direitos da minoria albanesa no sul da Sérvia, cerca de 60.000 pessoas que vivem no vale de Presevo.

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