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Centro-esquerda italiana vence na Câmara e no Senado

A coalizão de centro-esquerda liderada pelo secretário do Partido Democrata (PD), Pier Luigi Bersani, superou seus adversários nas eleições italianas


	Na câmara baixa, o PD somou 29,54% dos votos, contra os 29,18% da coalizão de centro-direita de Silvio Berlusconi
 (REUTERS / Yara Nardi)

Na câmara baixa, o PD somou 29,54% dos votos, contra os 29,18% da coalizão de centro-direita de Silvio Berlusconi (REUTERS / Yara Nardi)

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Da Redação

Publicado em 26 de fevereiro de 2013 às 06h26.

Roma - A coalizão de centro-esquerda liderada pelo secretário do Partido Democrata (PD), Pier Luigi Bersani, superou seus adversários tanto na Câmara dos Deputados quanto no Senado nas eleições realizadas na Itália no domingo e nesta segunda-feira.

Na câmara baixa, o PD somou 29,54% dos votos, contra os 29,18% da coalizão de centro-direita de Silvio Berlusconi. Na outra Casa, conquistou 31,63% dos sufrágios, contra 30,72% das formações sob a liderança do "Cavalieri".

Segundo os resultados divulgados pelo Ministério do Interior com praticamente 100% das urnas apuradas, o Movimento 5 Estrelas, do comediante Beppe Grillo, foi, como partido único, o mais votado na Câmara, com 25,55% do total, ou seja, 8,68 milhões de votos. O PD, por sua vez, obteve 8,64 milhões.

Na conta já com as coalizões, o Movimento 5 Estrelas será a terceira maior força nessa Casa e também no Senado, onde conquistou 23,72% dos votos.

A coalizão de centro-esquerda formada por PD e também por Esquerda Ecologia Liberdade (SEL), Centro Democrático e SVP ficou com 10,04 milhões de votos na Câmara dos Deputados, na frente da coalizão de centro-direita de Berlusconi, segunda força parlamentar, com 9,92 milhões de votos.


Esses resultados atribuem à centro-esquerda o chamado "prêmio por maioria", que dá diretamente à coalizão vencedora na Câmara 340 das 630 cadeiras em jogo, ou seja, a maioria absoluta.

A centro-direita, formada, entre outros, pelo partido Povo da Liberdade, de Berlusconi, e a separatista Liga Norte, fica à frente não só do Movimento 5 Estrelas, mas também da coalizão de centro que apoiava um segundo mandato de Mario Monti.

Monti, que como senador vitalício não era candidato a nenhuma cadeira parlamentar nessas eleições, obteve 10,56% dos votos na Câmara, ficando sem representação o partido Futuro e Liberdade para a Itália (FLI) que o apoiava, liderado pelo ex-aliado de Berlusconi e até agora titular dessa casa, Gianfranco Fini.

A coalizão de centro também foi a grande derrotada no Senado, onde conquistou apenas 9,13% dos sufrágios.

O resultado da câmara alta é primordial devido à peculiaridade do seu sistema eleitoral, que outorga o prêmio por maioria à coalizão vencedora em uma repartição região por região.

A previsão é que o novo Parlamento seja constituído em 15 de março e que um dia depois sejam eleitos os presidentes das duas câmaras. Depois de 21 de março devem começar as consultas com os partidos por parte do chefe do Estado, Giorgio Napolitano, para a formação do novo Governo.

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