Cartas revelam tensão por Malvinas no governo Thatcher
Novos documentos do arquivo de Thatcher, mostram uma acalorada correspondência com conservadores sobre se em 1982 a Grã-Bretanha deveria ir à guerra contra a Argentina
Da Redação
Publicado em 13 de abril de 2013 às 14h59.
Londres - A ex-primeira-ministra britânica Margaret Thatcher precisou enfrentar a oposição dentro de seu próprio partido no caso da guerra das Malvinas , a ponto de um membro do Parlamento adverti-la: "Estamos cometendo um grave erro."
Novos documentos do arquivo pessoal de Thatcher, recentemente publicados, mostram uma acalorada correspondência com conservadores de alto escalão sobre se em 1982 a Grã-Bretanha deveria ir à guerra contra a Argentina quando este país desembarcou no arquipélago das Malvinas, situado no Atlântico sul.
"Estamos cometendo um grave erro que faria o de Suez parecer algo de sentido comum", aparece citado um membro do Parlamento.
Outro disse que "ninguém acredita que vamos lutar contra os argentinos. Deveríamos explodir alguns navios, mas nada mais".
Entre os documentos, Thatcher conservava uma cópia do jornal Daily Mail no qual se questionava se "ela tinha estômago para isso" (a guerra).
Também foi encontrado o rascunho de uma carta dirigida ao presidente dos Estados Unidos, Ronald Reagan, na qual rejeitava sua tentativa de negociar um acordo de paz.
"Durante minha administração, tentei permanecer leal aos Estados Unidos, nosso melhor aliado", escreveu Thatcher.
"Em sua mensagem diz que suas sugestões são fiéis aos princípios básicos que temos que proteger. Gostaria que fosse assim, mas não é", acrescentou.
No início deste mês, os habitantes das ilhas Malvinas (conhecidas como Falklands em inglês) votaram com 99,8% a favor de continuar sendo britânicos, embora a Argentina tenha rejeitado este referendo, ao considerá-lo carente de sentido.
Os dois países se enfrentaram em uma breve guerra em 1982 que deixou 649 argentinos e 255 britânicos mortos.
Londres - A ex-primeira-ministra britânica Margaret Thatcher precisou enfrentar a oposição dentro de seu próprio partido no caso da guerra das Malvinas , a ponto de um membro do Parlamento adverti-la: "Estamos cometendo um grave erro."
Novos documentos do arquivo pessoal de Thatcher, recentemente publicados, mostram uma acalorada correspondência com conservadores de alto escalão sobre se em 1982 a Grã-Bretanha deveria ir à guerra contra a Argentina quando este país desembarcou no arquipélago das Malvinas, situado no Atlântico sul.
"Estamos cometendo um grave erro que faria o de Suez parecer algo de sentido comum", aparece citado um membro do Parlamento.
Outro disse que "ninguém acredita que vamos lutar contra os argentinos. Deveríamos explodir alguns navios, mas nada mais".
Entre os documentos, Thatcher conservava uma cópia do jornal Daily Mail no qual se questionava se "ela tinha estômago para isso" (a guerra).
Também foi encontrado o rascunho de uma carta dirigida ao presidente dos Estados Unidos, Ronald Reagan, na qual rejeitava sua tentativa de negociar um acordo de paz.
"Durante minha administração, tentei permanecer leal aos Estados Unidos, nosso melhor aliado", escreveu Thatcher.
"Em sua mensagem diz que suas sugestões são fiéis aos princípios básicos que temos que proteger. Gostaria que fosse assim, mas não é", acrescentou.
No início deste mês, os habitantes das ilhas Malvinas (conhecidas como Falklands em inglês) votaram com 99,8% a favor de continuar sendo britânicos, embora a Argentina tenha rejeitado este referendo, ao considerá-lo carente de sentido.
Os dois países se enfrentaram em uma breve guerra em 1982 que deixou 649 argentinos e 255 britânicos mortos.