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"Brexit" pode alterar política em Gibraltar e nas Malvinas

O documento revelou a preocupação das administrações de ambos os territórios por uma possível perda de proteção caso os britânicos optem por abandonar a UE


	Reino Unido na UE: "a Espanha aproveitaria qualquer renegociação desse tipo (com a UE) para minar, isolar e excluir ainda mais Gibraltar"
 (Toby Melville / Reuters)

Reino Unido na UE: "a Espanha aproveitaria qualquer renegociação desse tipo (com a UE) para minar, isolar e excluir ainda mais Gibraltar" (Toby Melville / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 25 de abril de 2016 às 20h55.

Londres - Um relatório parlamentar divulgado nesta segunda-feira alerta que uma eventual saída do Reino Unido da União Europeia (UE), conhecida como "Brexit", pode alterar o equilíbrio político em territórios britânicos como Gibraltar e as ilhas Malvinas.

O documento, elaborado pelo comitê de Política Externa da Câmara dos Comuns, revelou a preocupação das administrações de ambos os territórios por uma possível perda de proteção caso os britânicos optem por abandonar a UE no referendo do dia 23 de junho.

"No caso de Gibraltar, a experiência nos mostrou que a Espanha aproveitaria qualquer renegociação desse tipo (com a UE) para minar, isolar e excluir ainda mais Gibraltar", expressou o governo da região no relatório.

O texto, escrito por um comitê com a participação de um número equilibrado de deputados favoráveis e contrários ao "brexit", também inclui o ponto de vista de Sukey Cameron, representante em Londres do governo das Malvinas.

Para Sukey Cameron, a ruptura de laços entre Londres e Bruxelas teria "amplas e profundas implicações" para o território no Atlântico Sul.

"Se o Reino Unido deixar de ser membro da União Europeia, o apoio de muitos dos países da UE seria muito menos certo, o que poderia incentivar a Argentina a ter uma postura muito mais agressiva", afirmou a representante das Malvinas.

O relatório parlamentar também adverte sobre o perigo de "exagerar" nas possíveis consequências da saída da União Europeia na influência internacional do Reino Unido.

Os deputados consideram que o país continuaria sendo "uma peça-chave nos assuntos de interesse mundial e um aliado estratégico dos Estados Unidos".

A cooperação antiterrorista com os países europeus "sem dúvida continuaria mesmo depois de ter abandonado a UE", afirma o documento.

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