Bombas panfletárias explodem perto do Parlamento venezuelano
Explosões, consideradas pela oposição um ato de setores a favor do governo de Nicolás Maduro, não deixaram feridos nem causaram danos
Da Redação
Publicado em 26 de janeiro de 2016 às 19h02.
Quatro explosivos conhecidos como "bombas panfletárias" explodiram, nesta terça-feira, perto do Parlamento venezuelano em Caracas, sem deixar feridos, ou causar danos, em um ato que a oposição atribuiu a setores próximos ao governo do presidente Nicolás Maduro .
O Ministério Público informou em um comunicado que três artefatos detonaram simultaneamente nos arredores de um centro comercial e um outro na esquina onde se situa o edifício administrativo da Assembleia.
Testemunhas relataram à AFP que duas das explosões foram quase simultâneas, provocando muita fumaça e obrigando "muitas pessoas a saírem correndo do local".
"Sem dúvida alguma, é a atitude de alguém próximo ao governo , ou cúmplice daqueles que estão no poder e que desejam criar pânico para tirar o foco da discussão de temas importantes", disse o chefe da maioria opositora no Parlamento, Julio Borges, em uma coletiva de imprensa.
Os prédios do Legislativo ficam no centro histórico da capital, quase ao lado da prefeitura e da Câmara de Vereadores do município Libertador, do Conselho Nacional Eleitoral e de uma das sedes do Ministério de Relações Exteriores.
Os chamados "niples" (explosivos), com material inflamável, espalharam panfletos assinados pelas Forças Bolivarianas de Libertação (FBL), pedindo para que seja "descartada a ilusão" e que "se prepararem para os confrontos", após a tomada de controle do Legislativo por parte da oposição.
O próprio governo reconheceu essa "vitória eleitoral contundente", no pleito de 6 de dezembro.
Os folhetos denunciam "o estabelecimento de um novo pacto em Miraflores" (sede do Executivo), que teria entregado divisas "à oligarquia", enquanto a crise econômica se agrava.
Também são criticadas as altas esferas do governo, destacando que há "corrupção, clientelismo, soberba política e ausência de uma política econômica eficaz e comprometida com o povo".
Para as FBL, um grupo armado que, segundo investigações particulares, opera na fronteira com a Colômbia, há uma "direita vermelha que sequestra o processo bolivariano" e que "não compreendeu a magnitude da derrota" eleitoral.
Por isto, consideram que "é hora de tomar o governo pelas bases da revolução", posto que "os conflitos sociais são a garantia de continuidade do processo de mudança do comandante (Hugo) Chávez".
"Não há saída pacífica para a crise, e eles sabem disso", advertem.
Quatro explosivos conhecidos como "bombas panfletárias" explodiram, nesta terça-feira, perto do Parlamento venezuelano em Caracas, sem deixar feridos, ou causar danos, em um ato que a oposição atribuiu a setores próximos ao governo do presidente Nicolás Maduro .
O Ministério Público informou em um comunicado que três artefatos detonaram simultaneamente nos arredores de um centro comercial e um outro na esquina onde se situa o edifício administrativo da Assembleia.
Testemunhas relataram à AFP que duas das explosões foram quase simultâneas, provocando muita fumaça e obrigando "muitas pessoas a saírem correndo do local".
"Sem dúvida alguma, é a atitude de alguém próximo ao governo , ou cúmplice daqueles que estão no poder e que desejam criar pânico para tirar o foco da discussão de temas importantes", disse o chefe da maioria opositora no Parlamento, Julio Borges, em uma coletiva de imprensa.
Os prédios do Legislativo ficam no centro histórico da capital, quase ao lado da prefeitura e da Câmara de Vereadores do município Libertador, do Conselho Nacional Eleitoral e de uma das sedes do Ministério de Relações Exteriores.
Os chamados "niples" (explosivos), com material inflamável, espalharam panfletos assinados pelas Forças Bolivarianas de Libertação (FBL), pedindo para que seja "descartada a ilusão" e que "se prepararem para os confrontos", após a tomada de controle do Legislativo por parte da oposição.
O próprio governo reconheceu essa "vitória eleitoral contundente", no pleito de 6 de dezembro.
Os folhetos denunciam "o estabelecimento de um novo pacto em Miraflores" (sede do Executivo), que teria entregado divisas "à oligarquia", enquanto a crise econômica se agrava.
Também são criticadas as altas esferas do governo, destacando que há "corrupção, clientelismo, soberba política e ausência de uma política econômica eficaz e comprometida com o povo".
Para as FBL, um grupo armado que, segundo investigações particulares, opera na fronteira com a Colômbia, há uma "direita vermelha que sequestra o processo bolivariano" e que "não compreendeu a magnitude da derrota" eleitoral.
Por isto, consideram que "é hora de tomar o governo pelas bases da revolução", posto que "os conflitos sociais são a garantia de continuidade do processo de mudança do comandante (Hugo) Chávez".
"Não há saída pacífica para a crise, e eles sabem disso", advertem.